sexta-feira, 31 de maio de 2013

Memórias!

Olá fadas e elfos do Jardim de Brigid, começaremos esta semana falando sobre memória! Serão várias postagens sobre memória, as principais patologias e como elas afetam a memória, bem como algumas vivências e atividades para trabalhar esse componente cognitivo.
Então para iniciar, é importante conceituar o que é memória e quais os tipos. Memória é uma das principais funções cognitivas do homem. É a habilidade que possuímos de armazenar informações e conhecimentos sobre o mundo e sobre nós mesmos. A memória é fundamental tanto para o desenvolvimento da linguagem quanto para o processo de reconhecimento de pessoas e objetos do dia-a-dia, para termos consciência de quem somos e da continuidade de nossas vidas. Sem a memória seria como se começássemos uma nova vida a cada momento, sem podermos nos valer do aprendizado anterior.
A memória pode ser classificada de acordo com diferentes aspectos, como seu tempo de duração e seu conteúdo.


Classificação de acordo com o tempo de duração:
  • Memória de longa duração (longo prazo)
São aquelas que demoram a ser consolidadas, mas das quais se podem recordar dias, meses, ou anos depois de armazenadas.

  • Memórias de curta duração (curto prazo)
São aquelas que duram poucas horas, justamente o tempo necessário para a consolidação das memórias de longa duração. A memória de curta duração requer que a informação seja mantida na mente. Quando alguém quer guardar um número de telefone por um tempo, fica repetindo esse número por um tempo para si mesmo. A memória de curta duração, que dura de minutos a poucas horas, serve para proporcionar a continuidade do sentido de presente.


Classificação de acordo com o conteúdo:

  • Memórias declarativas (explícitas)
São memórias que estão disponíveis para declaração consciente. É o tipo de memória verbal, ou seja, pode ser verbalizada ou declarada. Registra fatos, eventos ou conhecimentos e é chamada declarativa porque os indivíduos podem declarar e relatar como as adquiriram. São subdivididas em episódicas e semânticas.

1.      Episódicas: relacionam-se a eventos assistidos dos quais o indivíduo participou. As lembranças de momentos importantes, de um rosto ou de um filme são exemplos de memória episódica. São autobiográficas.
2.       Semânticas: referem-se  aos conhecimentos de língua portuguesa, psicologia, fonoaudiologia, por exemplo, ou ainda ao perfume das flores. Pode-se lembrar dos episódios por meio dos quais foram adquiridas as memórias semânticas: a aula de determinada matéria, a última vez que sentiu o perfume de uma rosa, o dia em que um poema ou verso foi memorizado.


  • Memória não-declarativa (implícita)
Nem toda memória é consciente. A cada momento memorizam-se muito mais coisas do que se percebe. Essa memória “latente”, pré-consciente, é a memória não declarativa ou implícita. São subdivididas em memória de trabalho, de procedimentos e emocional.

1.       Memória de trabalho: a memória de trabalho é a interface entre a percepção da realidade pelos sentidos e a formação ou evocação das memórias. A memória de trabalho é “on-line” e dura segundos ou poucos minutos. Um bom exemplo é a memória de um número de telefone, que alguém diz e se esquece logo depois de discá-lo.


2.       Memória de procedimentos: a memória de procedimentos refere-se às capacidades ou habilidades motoras sensoriais e é chamada de hábito. Exemplo: andar de bicicleta e nadar. É difícil declarar que se dispõe de tais memórias; para demonstrar deve-se de fato andar de bicicleta ou nada por exemplo.


3.       Memória emocional: a memória emocional é o aprendizado adquirido pelo condicionamento ao medo, por exemplo. Assim, não é um aprendizado declarativo. Ele é mediado por um sistema que pode operar de modo independente do conhecimento consciente. Isso não significa que não se tem acesso direto às memórias emocionais, significa apenas que se tem acesso às consequências.

O conteúdo teórico sobre memória está sendo retirado do livro: Memória na prática da terapia ocupacional e da fonoaudiologia, de Carvalho e Peixoto, da editora Rubio.
 Beijos a todos e até a próxima postagem!


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Quilling terapêutico

A idéia de que a ocupação ou a diversão são benéficas ao doente aparece de tempos em tempos na história da Medicina.

Em 1813, Albert Shase, da Pensilvânia (EUA), afirmava: “Nenhuma forma de tratamento do doente mental é mais valiosa do que a ocupação sistematicamente aplicada e judiciosamente levada a termo".


Jean Etienne Esquirol, no livro “Des maladies mentales”, em 1863, escreveu: “O trabalho é um estimulante geral; com ele distraímos a atenção do doente de sua moléstia; fixamos sua atenção em coisas razoáveis; tornamos a dar-lhe hábitos de ordem; estimulamos sua inteligência e, com isso, recuperamos muitos desses.”


O objetivo da Terapia Ocupacional é ajudar no estabelecimento do paciente:

-fisicamente: restaurando a função de articulações incapacitadas, aumentando a resistência à fadiga, prevenindo a deterioração física geral e desenvolvendo a coordenação física e psíquica;

-psicologicamente: nesse aspecto a ocupação tem um efeito normalizador. Ela desperta interesses e ajuda a desenvolver a atenção; proporciona descarga emocional, pode contribuir para satisfação de necessidade de criar e experimentar; pode ajudar na edificação da auto-estima, substituindo o desencorajamento pelo encorajamento;


Assim sendo há a proposta do Quilling, que é um trabalho manual realizado com tiras de papel enroladas e modeladas.  Com ele, podem ser feitos cartões, quadros, enfeites, lembrancinhas e tudo o que a mente pode criar. Utiliza-se material de baixo custo financeiro e por isso pode ser uma alternativa de trabalho pelos terapeutas ocupacionais em instituições públicas.


É um trabalho minucioso, que exige tempo e paciência, mas resulta grande estilo e charme. Além de papel, também pode ser utilizada fitas de cetim ou outros materiais para sua confecção. O quilling pode ser feito objetivando trabalhar alguma temática (ex. dia das mães) ou com a função de falar de si ou de conflitos através do objeto construído.

     



A TODOS UMA EXCELENTE ATIVIDADE!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Teatro com bonecos de cabaça

Bom dia fadas e elfos desse jardim!

Hoje queria publicar minha sugestão para a confecção de um teatro diferente... um teatro dos bonecos de cabaça.

A cabaça é o fruto da cabaceira, porongueiro, cabaceiro e, na Amazônia, a planta é chamada de jamaru. O fruto seco é amplamente utilizado em diversos países do mundo, de várias formas. Aqui, a minha sugestão é a confecção de bonecos utilizando esse fruto.

Dependendo da clientela trabalhada e de seus comprometimentos, os bonecos podem ser feitos das seguintes formas:

 

  • Utilizando apenas pintura da cabaça

   

  • Utilizando conjuntamente  a massa de biscuit, permitindo uma maior variedade de formas.


 

  • Utilizando associado com retalhos de tecidos e botões



Antes de ser utilizada na atividade de pintura, a cabaça precisará ser preparada através das seguintes etapas:

Escolha a cabaça,  lave-a com sabão e aguarde ela secar. Depois, utilizando uma lixa d’água nº 120, você irá lixar toda a peça para facilitar a fixação da tinta. Pronto, a cabaça está pronta para ser utilizada na atividade.

Após concluir a pintura feita com tinta para artesanato e confecção dos bonecos, passe verniz acrílico diluído em um pouco de água para dar brilho e conservar a peça.

Depois de tudo pronto, é hora de começar a história com o teatro de bonecos!

 

Com essa atividade, você pode trabalhar, entre outros aspectos:

  •  Esquema corporal

  • Coordenação motora grossa e fina

  • Sequenciamento

  • Autoexpressão

  • Criatividade



    Beijos a todos e até a próxima publicação


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Concurso para Terapia Ocupacional no DEPEN



O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) abre concurso com vaga para Terapia Ocupacional. Para saber mais leia o edital clicando aqui! As inscrições iniciam em 10 de maio!