Nos últimos vinte anos, é
possível observar no cenário educacional do Brasil um grande e crescente número
de crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem dos conteúdos pedagógicos.
Muitos são os fatores que contribuem para o fracasso na aquisição das
habilidades escolares, mas, dentre eles, é possível destacar um número
significativo de crianças com sintomas de dislexia.
Dislexia é um termo criado por um
médico oftalmologista alemão, o Dr. Rudolph Berlin, há mais de 100 anos, para
nomear uma dificuldade em leitura apresentada por um de seus pacientes. Muitos casos
de dificuldades de aprendizado têm sido estudados nesses longos anos de pesquisa
cientifica, por diferentes profissionais da área da Educação e da Saúde. Porém,
durante muitos anos, só relacionados às dificuldades com a leitura. Por isso, é
que muitos profissionais incorporaram essas pesquisas e conclusões em dislexia
somente como dificuldades em leitura.
Assim, na continuidade da busca
de respostas sobre o que é dislexia, passaram a ser também pesquisadas
dificuldades com as linguagens expressivas e receptivas, oral e escrita, além
de problemas com leitura e soletração. Mais tarde é que as dificuldades com a
linguagem matemática também foram incluídas nessas pesquisas.
Os sinais que podem indicar
dislexia na educação infantil são:
- Histórico familiar de problemas
de leitura e escrita;
- Atraso para começar a falar de
modo que faça sentido;
- Impulsividade no agir;
- Uso excessivo de palavras
substitutas ou imprecisas (como coisa, negócio);
- Nomeação imprecisa (como
helóptero para helicóptero);
- Dificuldade para lembrar nomes de
cores e objetos;
- Confusão no uso de palavras que
indicam direção como dentro/fora, em cima/embaixo, direita/esquerda;
- Tropeços, colisões com objetos,
quedas frequentes;
- Criatividade aguçada;
- Facilidade com desenhos e boa
noção de cores;
- Prazer em ouvir outras pessoas
lendo para ela, mas falta de interesse em conhecer letras e palavras;
- Discrepância entre diferentes
habilidades, parecendo uma criança brilhante em alguns aspectos, mas
desinteressada em outros.
O terapeuta ocupacional pode
estar intervindo junto a essas pessoas com dislexia através de jogos e
brincadeiras. Enquanto brinca, o aluno
se defronta com desafios e problemas, devendo buscar constantemente soluções para
as situações a elas colocadas. Os jogos, brinquedos e brincadeiras são atividades
ricas em estimulação e pode acontecer o desafio necessário para provocar uma
determinada aprendizagem ao liberar um potencial existente e, como consequência,
uma situação de descoberta. Assim, tais recursos se apresentam como metodologia
de trabalho a ser utilizada pelo terapeuta para ajudar o aluno no seu
desempenho ocupacional.
Assim, colocarei o longo dos
dias, algumas sugestões de recursos terapêuticos a serem utilizados de acordo
com alguns déficits ocasionados pela dislexia.
- Atraso para começar a falar de
forma que faça sentido:
Jogo: cubos com diferentes
figuras e cores de acordo com a idade da criança:
Ao jogar o cubo, ele irá “cair”
em uma figura. Peça à criança que repita o nome da figura quando for a vez
dela. Faça isso repetidas vezes, com cubos diferentes.
Brinquedo: esse brinquedo pode
ser encontrado em lojas com diferentes formatos, mas também pode ser facilmente
inventado com os objetos do cotidiano da pessoa. Pegue vários que ela conheça e
outros que passará a conhecer, mostre a ela e peça para que ela nomeie
corretamente. O interessante é que quando a criança nomeia corretamente, ela
estará “treinando” a fala e o reconhecimento dos objetos pela palavra. Assim,
na ausência do objeto, mas na presença da palavra, a criança irá associar o
significado.
Brincadeira: músicas.
Desde muito cedo as crianças gostam de cantar. Além de ser
uma brincadeira de alto teor motivador, a música pode representar uma excelente
opção para a criança falar muitas palavras cantadas.
Sugestão ao terapeuta ocupacional:
Demonstre interesse pela atividade lúdica, elogie, mas sem
exageros. Ela precisa se sentir motivada a jogar e não a agradar você, pois,
neste último caso, quando você não elogiar, ou alguém não elogiar, ela ficará
desmotivada para continuar brincando. Corrija brandamente (repita a palavra
certa quando a criança não falar corretamente. Repita junto com ela).
- Histórico familiar de problemas de leitura e escrita;
- Atraso para começar a falar de modo que faça sentido;
- Impulsividade no agir;
- Uso excessivo de palavras substitutas ou imprecisas (como coisa, negócio);
- Nomeação imprecisa (como helóptero para helicóptero);
- Dificuldade para lembrar nomes de cores e objetos;
- Confusão no uso de palavras que indicam direção como dentro/fora, em cima/embaixo, direita/esquerda;
- Tropeços, colisões com objetos, quedas frequentes;
- Criatividade aguçada;
- Facilidade com desenhos e boa noção de cores;
- Prazer em ouvir outras pessoas lendo para ela, mas falta de interesse em conhecer letras e palavras;
- Discrepância entre diferentes habilidades, parecendo uma criança brilhante em alguns aspectos, mas desinteressada em outros.
- Atraso para começar a falar de forma que faça sentido:
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