Contos de fadas são repletos de
príncipes e princesas que depois de passar por várias peripécias finalmente
vivem “felizes para sempre”. Há também os personagens maldosos que têm o prazer
de atormentar os heróis - seja por inveja, ganância, ou simplesmente para poder
transformá-lo na próxima refeição.
A ideia transmitida pelos contos
de fadas de que é possível eliminar o mal e atingir satisfação plena até o fim
dos tempos obviamente é fantasiosa e, como tudo na vida, tem mais de uma
faceta: por um lado, do ponto de vista psíquico, faz sentido que as crianças
possam acreditar em finais felizes. Por outro lado, corre-se o risco de
perpetuar a crença subjacente, e na prática, pouco producente, de que um dia
haverá um encontro perfeito, com um par ideal, que nos fará “completos”, aptos
a uma existência livre de sofrimento. Não é bem assim: como tudo na vida, os
relacionamentos exigem cuidados constantes, amadurecimento, concessões...
Sendo assim, a proposta é a
confecção de uma caixa, onde dentro dela, contenha objetos que representem
personagens de histórias já existentes. Exemplo: um sapo de pelúcia (da
história A princesa e o sapo), um gato de pelúcia (O gato de botas), uma boneca
(as princesas)...
A pessoa deve escolher se deseja
reproduzir o conto já existente modificando e transformando numa história ao
próprio gosto, ou se deseja criar uma história utilizando quantos e quais
personagens quiserem.
Criar novos desfechos com base em
histórias escritas anteriormente ou ainda novas histórias, estimula a memória,
a criatividade, a fluência verbal, resolução de problemas, e pode ser uma forma
de falar sobre os próprios conflitos através do conto criado, facilitando a
comunicação terapeuta-paciente, sendo também um fator de auxílio na relação e
formação de vínculo entre cliente/terapeuta.
No livro: “Aí é outra história...
Novos finais para histórias que a gente já conhece há um tempão e não aguenta
mais ouvir do mesmo jeito” o autor Maurício Veneza faz justamente essa proposta
e cria novos desfechos para algumas histórias que ouvimos desde crianças.
Gostaram do post?
Então que tal criar hoje mesmo
uma caixa lúdica para Terapia Ocupacional?!
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