terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Régua de prontidão: atividade para pessoas com dependência química


Avaliar a prontidão para a mudança é um aspecto fundamental para o início de um grupo para dependentes químicos.
A motivação, que é considerada um estado e não um traço, não é estática e, portanto, pode mudar dia-a-dia. Os clientes entram em tratamento em níveis diferentes de motivação ou prontidão para a mudança. Uma maneira simples e rápida do terapeuta ocupacional avaliar a prontidão é usar uma régua de prontidão, uma estratégia de escalonamento que conceitua a prontidão ou motivação para a mudança ao longo de um contínuo.

Usando a régua de prontidão, os clientes são solicitados a dizer o quão prontos estão para a mudança em uma escala de 10 pontos, onde 1 = definitivamente não está pronto para a mudança e 10 = definitivamente está pronto para a mudança.
Uma régua de prontidão permite que os terapeutas conheçam imediatamente o nível de motivação para a mudança de seus clientes. Dependendo de onde esteja o cliente, a conversa subsequente assumirá direções diferentes. Por exemplo, com clientes que escolhem um número baixo (por exemplo, 1 a 4), os terapeutas podem perguntar: “o que teria de acontecer para você ir de 3 para 5?”. A régua de prontidão pode também ajudar os clientes a dizer como eles mudaram, o que precisam fazer para mudar mais e como eles se sentem com relação à mudança.


Exemplo de uso da régua de prontidão:

Terapeuta: “em uma escala de 1 a 10, onde 1 é “definitivamente não está pronto para a mudança” e 10 é  “definitivamente está pronto para a mudança”, que número reflete melhor quão pronto você está atualmente para mudar seu (inserir o comportamento de risco/problemático)?”
Cliente: “sete”
Terapeuta: “nesta mesma escala, onde você estava seis meses atrás?”
Cliente: “dois”
Terapeuta: “então, parece que você passou de não-pronto para mudar seu (inserir o comportamento de risco/problemático) para pensando em mudar. Como você foi do 2, há seis meses, para o 7 agora?”
Depois das respostas do cliente, o terapeuta pode ir adiante e perguntar: “como você se sente em relação à ter feito essas mudanças?” e “o que seria necessário para subir um pouquinho mais na escala?”
Embora sejam poucos em número, alguns clientes irão relatar, à medida que o tempo passa, uma redução em sua prontidão para a mudança. Nesses casos, a interação do terapeuta pode se concentrar em identificar maneiras de aumentar a prontidão.
É interessante que o terapeuta faça um acompanhamento da régua de prontidão. Sugiro que esse acompanhamento seja feito a cada 90 dias. Entretanto, esse número pode reduzir para 30 dias dependendo do grupo.

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