quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pra não dizer que não falei das flores...

 

Falar de si é falar consigo.

 

 

Em 1920 Jung já dizia:  “Toda pessoa deveria cultivar a arte de falar consigo mesmo, como se o próprio afeto falasse, sem levar em conta a crítica. Enquanto o afeto se manifesta, a crítica deve ser evitada”.

 

Estudos mostram que cerca de 40% do tempo que uma pessoa passa falando é sobre ela mesma. Agora, imagens do cérebro registradas por neurocientistas da Universidade Harvard mostram que o prazer de falar de si chega a superar o de ganhar dinheiro. Eles descobriram que, quando os jovens falavam sobre aspectos de sua personalidade, os caminhos neurais que são acionados diante de algo muito prazeroso – conhecidos como sistema de recompensa ou mesolímbico dopaminérgico – se mostravam muito mais ativos que quando julgavam opiniões e personalidade dos outros. Isso significa que somos essencialmente egocêntricos? Os pesquisadores esclarecem que não. “Aprendemos desde cedo que falar de si é um meio de nos aproximar do outro, o que também causa prazer. Compartilhar experiências e emitir opiniões é muitas vezes a maneira que encontramos para garantir a coesão social e tendemos a preservar esse comportamento”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário