sexta-feira, 31 de maio de 2013

Memórias!

Olá fadas e elfos do Jardim de Brigid, começaremos esta semana falando sobre memória! Serão várias postagens sobre memória, as principais patologias e como elas afetam a memória, bem como algumas vivências e atividades para trabalhar esse componente cognitivo.
Então para iniciar, é importante conceituar o que é memória e quais os tipos. Memória é uma das principais funções cognitivas do homem. É a habilidade que possuímos de armazenar informações e conhecimentos sobre o mundo e sobre nós mesmos. A memória é fundamental tanto para o desenvolvimento da linguagem quanto para o processo de reconhecimento de pessoas e objetos do dia-a-dia, para termos consciência de quem somos e da continuidade de nossas vidas. Sem a memória seria como se começássemos uma nova vida a cada momento, sem podermos nos valer do aprendizado anterior.
A memória pode ser classificada de acordo com diferentes aspectos, como seu tempo de duração e seu conteúdo.


Classificação de acordo com o tempo de duração:
  • Memória de longa duração (longo prazo)
São aquelas que demoram a ser consolidadas, mas das quais se podem recordar dias, meses, ou anos depois de armazenadas.

  • Memórias de curta duração (curto prazo)
São aquelas que duram poucas horas, justamente o tempo necessário para a consolidação das memórias de longa duração. A memória de curta duração requer que a informação seja mantida na mente. Quando alguém quer guardar um número de telefone por um tempo, fica repetindo esse número por um tempo para si mesmo. A memória de curta duração, que dura de minutos a poucas horas, serve para proporcionar a continuidade do sentido de presente.


Classificação de acordo com o conteúdo:

  • Memórias declarativas (explícitas)
São memórias que estão disponíveis para declaração consciente. É o tipo de memória verbal, ou seja, pode ser verbalizada ou declarada. Registra fatos, eventos ou conhecimentos e é chamada declarativa porque os indivíduos podem declarar e relatar como as adquiriram. São subdivididas em episódicas e semânticas.

1.      Episódicas: relacionam-se a eventos assistidos dos quais o indivíduo participou. As lembranças de momentos importantes, de um rosto ou de um filme são exemplos de memória episódica. São autobiográficas.
2.       Semânticas: referem-se  aos conhecimentos de língua portuguesa, psicologia, fonoaudiologia, por exemplo, ou ainda ao perfume das flores. Pode-se lembrar dos episódios por meio dos quais foram adquiridas as memórias semânticas: a aula de determinada matéria, a última vez que sentiu o perfume de uma rosa, o dia em que um poema ou verso foi memorizado.


  • Memória não-declarativa (implícita)
Nem toda memória é consciente. A cada momento memorizam-se muito mais coisas do que se percebe. Essa memória “latente”, pré-consciente, é a memória não declarativa ou implícita. São subdivididas em memória de trabalho, de procedimentos e emocional.

1.       Memória de trabalho: a memória de trabalho é a interface entre a percepção da realidade pelos sentidos e a formação ou evocação das memórias. A memória de trabalho é “on-line” e dura segundos ou poucos minutos. Um bom exemplo é a memória de um número de telefone, que alguém diz e se esquece logo depois de discá-lo.


2.       Memória de procedimentos: a memória de procedimentos refere-se às capacidades ou habilidades motoras sensoriais e é chamada de hábito. Exemplo: andar de bicicleta e nadar. É difícil declarar que se dispõe de tais memórias; para demonstrar deve-se de fato andar de bicicleta ou nada por exemplo.


3.       Memória emocional: a memória emocional é o aprendizado adquirido pelo condicionamento ao medo, por exemplo. Assim, não é um aprendizado declarativo. Ele é mediado por um sistema que pode operar de modo independente do conhecimento consciente. Isso não significa que não se tem acesso direto às memórias emocionais, significa apenas que se tem acesso às consequências.

O conteúdo teórico sobre memória está sendo retirado do livro: Memória na prática da terapia ocupacional e da fonoaudiologia, de Carvalho e Peixoto, da editora Rubio.
 Beijos a todos e até a próxima postagem!


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Quilling terapêutico

A idéia de que a ocupação ou a diversão são benéficas ao doente aparece de tempos em tempos na história da Medicina.

Em 1813, Albert Shase, da Pensilvânia (EUA), afirmava: “Nenhuma forma de tratamento do doente mental é mais valiosa do que a ocupação sistematicamente aplicada e judiciosamente levada a termo".


Jean Etienne Esquirol, no livro “Des maladies mentales”, em 1863, escreveu: “O trabalho é um estimulante geral; com ele distraímos a atenção do doente de sua moléstia; fixamos sua atenção em coisas razoáveis; tornamos a dar-lhe hábitos de ordem; estimulamos sua inteligência e, com isso, recuperamos muitos desses.”


O objetivo da Terapia Ocupacional é ajudar no estabelecimento do paciente:

-fisicamente: restaurando a função de articulações incapacitadas, aumentando a resistência à fadiga, prevenindo a deterioração física geral e desenvolvendo a coordenação física e psíquica;

-psicologicamente: nesse aspecto a ocupação tem um efeito normalizador. Ela desperta interesses e ajuda a desenvolver a atenção; proporciona descarga emocional, pode contribuir para satisfação de necessidade de criar e experimentar; pode ajudar na edificação da auto-estima, substituindo o desencorajamento pelo encorajamento;


Assim sendo há a proposta do Quilling, que é um trabalho manual realizado com tiras de papel enroladas e modeladas.  Com ele, podem ser feitos cartões, quadros, enfeites, lembrancinhas e tudo o que a mente pode criar. Utiliza-se material de baixo custo financeiro e por isso pode ser uma alternativa de trabalho pelos terapeutas ocupacionais em instituições públicas.


É um trabalho minucioso, que exige tempo e paciência, mas resulta grande estilo e charme. Além de papel, também pode ser utilizada fitas de cetim ou outros materiais para sua confecção. O quilling pode ser feito objetivando trabalhar alguma temática (ex. dia das mães) ou com a função de falar de si ou de conflitos através do objeto construído.

     



A TODOS UMA EXCELENTE ATIVIDADE!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Teatro com bonecos de cabaça

Bom dia fadas e elfos desse jardim!

Hoje queria publicar minha sugestão para a confecção de um teatro diferente... um teatro dos bonecos de cabaça.

A cabaça é o fruto da cabaceira, porongueiro, cabaceiro e, na Amazônia, a planta é chamada de jamaru. O fruto seco é amplamente utilizado em diversos países do mundo, de várias formas. Aqui, a minha sugestão é a confecção de bonecos utilizando esse fruto.

Dependendo da clientela trabalhada e de seus comprometimentos, os bonecos podem ser feitos das seguintes formas:

 

  • Utilizando apenas pintura da cabaça

   

  • Utilizando conjuntamente  a massa de biscuit, permitindo uma maior variedade de formas.


 

  • Utilizando associado com retalhos de tecidos e botões



Antes de ser utilizada na atividade de pintura, a cabaça precisará ser preparada através das seguintes etapas:

Escolha a cabaça,  lave-a com sabão e aguarde ela secar. Depois, utilizando uma lixa d’água nº 120, você irá lixar toda a peça para facilitar a fixação da tinta. Pronto, a cabaça está pronta para ser utilizada na atividade.

Após concluir a pintura feita com tinta para artesanato e confecção dos bonecos, passe verniz acrílico diluído em um pouco de água para dar brilho e conservar a peça.

Depois de tudo pronto, é hora de começar a história com o teatro de bonecos!

 

Com essa atividade, você pode trabalhar, entre outros aspectos:

  •  Esquema corporal

  • Coordenação motora grossa e fina

  • Sequenciamento

  • Autoexpressão

  • Criatividade



    Beijos a todos e até a próxima publicação


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Concurso para Terapia Ocupacional no DEPEN



O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) abre concurso com vaga para Terapia Ocupacional. Para saber mais leia o edital clicando aqui! As inscrições iniciam em 10 de maio!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Déficit da dislexia: Tropeços, colisões com objetos ou quedas frequentes. Como trabalhar?


Através do jogo: Jogo das cinco Marias ou saquinhos.

Este jogo, também conhecido como “jogo das cinco pedrinhas”, é um excelente instrumento para desenvolver a motricidade fina, a coordenação visuo-motora, ao lançar um saquinho (ou pedrinha) para cima e pegar outro antes do primeiro cair. Também desenvolve a noção espaço-temporal, noções de cálculos matemáticos abstratos e a capacidade de comparar. Todas estas funções que o jogo das Cinco Marias desenvolve, contribuem para evitar tropeções e colisões e também ajudará na alfabetização e nas noções de matemática.
Caso o terapeuta ache esse jogo muito difícil para a criança, ele pode ser graduado, começando apenas com duas pedras ou sacos, ou ainda, ser substituído por uma versão mais lenta e mais fácil da criança realizar que é através de uma bola de sopro, onde a criança jogará a bola para cima e tentará pegar. Depois o terapeuta pode adicionar mais uma bola de cor diferente da bola anterior ao jogo, para que a criança jogue uma bola para cima, passe a segunda bola que estará no chão para o terapeuta, e por fim agarre a bola que foi jogada.


Brinquedo: triciclos, bicicletas, patins, patinetes.
Estes brinquedos são bons preditores de desenvolvimento psicomotor. Quando estão brincando, as crianças estão desenvolvendo suas habilidades motoras e senso de direção espacial, evitando os tropeços e colisões.


Brincadeiras: circuitos com barreiras.
Os circuitos com barreiras são ótimos recursos para trabalhar posição no espaço e planejamento motor, sendo benéficos para crianças que apresentam dispraxia com colisões e tropeços e quedas.
Os circuitos podem ser feitos com cones, bambolês, ou ainda com elásticos.

O recurso com elástico é fácil de ser construído. Só precisa de um bambolê e algumas metragens de elástico, que serão bem amarrados de forma aleatória no bambolê, formando um portal de barreira para a criança passar. É um recurso que elas adoram e é muito divertido de utilizar.  Abaixo há uma foto para demonstrar o recurso. Lembrando que ao amarrar os elásticos no bambolê, eles devem ficar retos mas não tensionado ao máximo, porque se estiverem esticados ao máximo, eles ficarão duros, perderão a elasticidade e a criança não conseguirá passar. E para usar esse tipo de recurso é necessário um terapeuta ocupacional e um co-terapeuta, para que cada um segure de um lado do bambolê para a criança passar.



A todos, uma boa atividade e até a próxima postagem!


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Déficit da dislexia: confusão no uso de palavras que indicam direção, como dentro/fora, em cima/embaixo, direita/esquerda. Como trabalhar?


Jogos: jogo de percurso.
Use este tipo de jogo para ensinar direção e senso de organização. Desenhe você mesmo junto com a criança o percurso por onde vão passar durante a brincadeira e use palavras que indicam direção como dentro/fora, em cima/embaixo, direita/esquerda. Lembre-se de que precisará de um dado para saber quantas casas andará.

Brinquedo: bonecas e carrinhos, bicicletas e outros.
Estes brinquedos trabalham o senso de direção e ordem. No caso da boneca, quando uma criança está com sua boneca e precisa vesti-la ou dar-lhe banho, conceitos como vestir a parte de cima ou vestir a parte de baixo podem ser trabalhados, bem como lavar o lado direito do corpo e lavar o lado esquerdo. O carrinho também é um facilitador das noções de dentro/fora, esquerda/direita. Bem como a bicicleta pode trabalhar conceitos de em cima/embaixo, direita/esquerda.

Brincadeiras: músicas.
Há uma diversidade de músicas que trabalham de forma muito interessante a ideia de dentro versus fora, direita versus esquerda, aberto versus fechado, como por exemplo, a música da janelinha: “A janelinha abre quando está chovendo e a janelinha fecha quando o sol está aparecendo, pra lá (esquerda), pra cá (direita), pra lá, pra cá, pra lá”. Por meio das melodias e dos gestos, aos poucos, as crianças vão internalizando estes conceitos cotidianos.
Sugestões para o terapeuta:
Procure orientar aos pais a se dirigir à criança usando os termos que indicam direção no dia-a-dia. Exemplo, quando estiver dirigindo, caminhando ou realizando uma atividade com a criança.



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Acessibilidade ambiental para domicílios de pessoas idosas


Olá fadas e elfos do Jardim de Brigid, ainda estamos nas postagens sobre como trabalhar alguns déficits da dislexia, mas não pude deixar de compartilhar com vocês esta cartilha com dicas e orientações ilustradas para acessibilidade ambiental, com foco na população idosa!! 
Este material foi elaborado no Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos/SP (UFSCar), com apoio do CNPq.
Parabenizo a todos os responsáveis pela elaboração da Cartilha. Ficou bem estruturada, com ricas informações, bastante ilustrativa e de fácil entendimento! 

Para ter acesso ao conteúdo com as orientações, basta clicar na imagem da cartilha abaixo:




Déficit da dislexia: Uso excessivo de palavras substitutas ou imprecisas (como coisa, negócio). Como trabalhar?


Jogo: Jogos de palavras, números e/ou desenhos.
Há jogos específicos para desenvolver o vocabulário, estimulando a fluência verbal. Todo jogo em que o individuo precise nomear algo, seja um desenho ou uma palavra começando pelas palavras que ele conhece, o ajudará a ampliar o seu repertório verbal. Exemplo: a procura da palavra: a criança e/ou adulto pensa em uma palavra e desenha na lousa o que represente aquela palavra para as outras adivinharem. É importante que a pessoa passe pelos dois momentos: um de pensar na palavra para desenhar e pelo de momento de tentar descobrir qual o nome da figura. Ambos trabalham a memória e a fluência verbal, mas as demandas são diferentes: no primeiro caso, a pessoa já tem a resposta, visto que ela que está desenhando. No segundo caso, a demanda é maior, porque é uma demanda externa, que vem do outro,  onde ela vai ter que dizer o nome da figura ou do número em um certo espaço de tempo.

Brinquedo: dado das figuras.
Jogue o dado e, na figura que cair, a pessoa deverá pronunciar o nome corretamente e dizer outra palavra que tenha alguma associação com a palavra que saiu no dado. Exemplo: o dado caiu do lado da figura mesa. Se na outra rodada cair na figura mesa novamente, ela deverá falar uma palavra que tenha associação com a mesa, como cadeira.

Brincadeiras: adivinhação de palavras/sequência de palavras.
Uma boa brincadeira é imitar algo e pedir que a criança adivinhe o que é. Este exercício contribui muito para a criança nomear corretamente as palavras. Outra opção são as brincadeiras de sequência.  Exemplo: a viagem da titia: uma pessoa começa dizendo: “Minha tia veio da América e trouxe um rádio”, o seguinte diz: “Minha tia veio da América e trouxe um rádio e um livro”.
 
Sugestão para o terapeuta:
Repita junto com a criança as palavras que ela apresenta dificuldade. Mesmo quando muito pequenos ainda, não apenas o terapeuta mas também os pais devem nomear corretamente o nome dos objetos e coisas que estão em volta da criança.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Déficit da dislexia: Impulsividade no agir. Como trabalhar?


Através de jogos: Jogos de esperar a vez.
Como, por exemplo, o jogo do Macaco Simão, onde uma pessoa é o líder e as ordens dele devem ser executadas somente quando forem precedidas pela frase: “Macaco Simão...”. As crianças que executarem as ordens que não forem precedidas por esta frase serão eliminadas e/ou pagarão prendas. Este tipo de atividade faz com que a criança com impulsividade busque o autocontrole, motivada pelo desejo de acertar no jogo. Porém, é preciso observar se a mesma está conseguindo, para não correr o risco de causar mais frustração, característica comum da falta de controle.


Através de brinquedos: blocos lógicos.
São recursos que promovem a interatividade a sociabilidade e, também, o ato de controle da atenção. Este brinquedo tem como característica um processo, isto é, precisa de tempo, e o passo a passo leva à ação da brincadeira, desenvolvendo o controle interno.


Através de brincadeiras: brincadeiras de escutar e executar.
Há uma gama de brincadeiras que promovem a concentração e a atenção. No geral as brincadeiras que precisam de uma escuta apurada, como, por exemplo, a brincadeira de “escutar e procurar”, onde a criança de olhos vendados chama pelo nome de um colega que esteja presente na sessão, e o colega responde de onde estiver. A seguir, a criança com os olhos vendados tentará localizar o colega que respondeu ao chamado. Esse tipo de brincadeira auxilia a criança a discriminar a percepção auditiva e, para isso, exige certa concentração que ela procurará desenvolver para continuar brincando.


Sugestões: crianças com sintomas de impulsividade, no geral, precisam de atividades lúdicas que tenham respostas rápidas. Elas evitam atividades com retorno tardio e, por isso, as atividades em que o resultado seja originado de um processo precisam ser bastante estimuladoras para que elas continuem e se automotivem a continuar brincando.


Beijos a todos. Até a próxima postagem. 
E lembrem-se: as atividades aqui publicadas são sugestões. Servem como base que vocês podem adaptar, como luz para clarear ideias pessoais. : )



                                                                                                                                   (blocos lógicos)

segunda-feira, 18 de março de 2013

O Jardim de Brigid volta a florescer!


Olá pessoal!

Depois de algumas semanas sem publicar por motivos já relatados, estou voltando para compartilhar conhecimentos com vocês! E estou muitíssimo feliz por estar de volta! 

Pretendo nesta primeira semana continuar de onde paramos, que foram nas atividades para trabalhar alguns déficits da dislexia!

Então vamos nesta postagem trabalhar o seguinte déficit: Frases confusas, com migração de letras nas palavras. Exemplo: "A gata preta predeu o filhote", em vez de "A gata preta perdeu o filhote".

Trabalho com jogo: Jogos de botão
Para jogar, a criança precisa discriminar visualmente o botão que faz parte do seu time, e principalmente, lançar o botão na direção certa. É uma atividade rica em coordenação visuo-motora, mas que trabalha muito a discriminação específica. Ao se embaralhar nas jogadas, situação comum no jogo de botão, a criança para tentar acertar terá de organizar estratégias acertativas, favorecendo a condição da percepção e a consciência das ações e palavras. As bolinhas de gude também são excelentes preditores de percepção.

Brinquedos: visuo-motor
Os brinquedos que favorecem a discriminação visual, também favorecem a discriminação da percepção auditiva e a consciência fonológica. Há diferentes tipos comerciais e, geralmente, consistem na apresentação de diversas figuras para a criança colocar na ordem. Por exemplo, apresentar figuras de acordo com as posições corporais, quantidade, numerais, cores e algumas figuras sem pares combinantes (essas figuras sem pares combinantes aparecem no brinquedo com a intenção de confundir a percepção). Ao brincar, a criança motivada pela intenção de acertos, ela vai tentando perceber as diferenças e assim vai trabalhando o cérebro.

Brincadeiras: Trava-línguas
O desafio é falar rápido sem enrolar a língua. No caso da criança o desafio será de repetir falando corretamente, não precisando ser rápido.
Sugestões: Brinque junto e demonstre a alegria de participar da atividade. No caso do trava-línguas, comece com um bem simples de três palavras e, depois, vá progredindo sucessivamente. O desafio para a criança com este déficit é o de perceber e ter consciência da troca de palavras. Um sintoma comum nos disléxicos é trocar as letras e palavras com sons semelhantes. 

Beijos a todos e até a próxima postagem!! 


quarta-feira, 6 de março de 2013

Postagens do blog!


Olá fadas e elfos do Jardim de Brigid,

Gostaria de comunicar que estou sem renovar as postagens do blog em virtude de um problema com meu computador, o que tem restringido meu acesso frequente à internet e ao blog :(
Acredito que esta semana o problema estará resolvido e voltaremos a nos comunicar, a trocar ideias!

Agradeço a compreensão de todos!
Com carinho, Anna Helena Santana.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Terapia Ocupacional na educação: Dislexia


Nos últimos vinte anos, é possível observar no cenário educacional do Brasil um grande e crescente número de crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem dos conteúdos pedagógicos. Muitos são os fatores que contribuem para o fracasso na aquisição das habilidades escolares, mas, dentre eles, é possível destacar um número significativo de crianças com sintomas de dislexia.

Dislexia é um termo criado por um médico oftalmologista alemão, o Dr. Rudolph Berlin, há mais de 100 anos, para nomear uma dificuldade em leitura apresentada por um de seus pacientes. Muitos casos de dificuldades de aprendizado têm sido estudados nesses longos anos de pesquisa cientifica, por diferentes profissionais da área da Educação e da Saúde. Porém, durante muitos anos, só relacionados às dificuldades com a leitura. Por isso, é que muitos profissionais incorporaram essas pesquisas e conclusões em dislexia somente como dificuldades em leitura.
Assim, na continuidade da busca de respostas sobre o que é dislexia, passaram a ser também pesquisadas dificuldades com as linguagens expressivas e receptivas, oral e escrita, além de problemas com leitura e soletração. Mais tarde é que as dificuldades com a linguagem matemática também foram incluídas nessas pesquisas.

Os sinais que podem indicar dislexia na educação infantil são:
  • Histórico familiar de problemas de leitura e escrita;
  • Atraso para começar a falar de modo que faça sentido;
  • Impulsividade no agir;
  • Uso excessivo de palavras substitutas ou imprecisas (como coisa, negócio);
  • Nomeação imprecisa (como helóptero para helicóptero);
  • Dificuldade para lembrar nomes de cores e objetos;
  • Confusão no uso de palavras que indicam direção como dentro/fora, em cima/embaixo, direita/esquerda;
  • Tropeços, colisões com objetos, quedas frequentes;
  • Criatividade aguçada;
  • Facilidade com desenhos e boa noção de cores;
  • Prazer em ouvir outras pessoas lendo para ela, mas falta de interesse em conhecer letras  e palavras;
  • Discrepância entre diferentes habilidades, parecendo uma criança brilhante em alguns aspectos, mas desinteressada em outros.
O terapeuta ocupacional pode estar intervindo junto a essas pessoas com dislexia através de jogos e brincadeiras.  Enquanto brinca, o aluno se defronta com desafios e problemas, devendo buscar constantemente soluções para as situações a elas colocadas. Os jogos, brinquedos e brincadeiras são atividades ricas em estimulação e pode acontecer o desafio necessário para provocar uma determinada aprendizagem ao liberar um potencial existente e, como consequência, uma situação de descoberta. Assim, tais recursos se apresentam como metodologia de trabalho a ser utilizada pelo terapeuta para ajudar o aluno no seu desempenho ocupacional.
Assim, colocarei o longo dos dias, algumas sugestões de recursos terapêuticos a serem utilizados de acordo com alguns déficits ocasionados pela dislexia.

  • Atraso para começar a falar de forma que faça sentido:
Jogo: cubos com diferentes figuras e cores de acordo com a idade da criança:
Ao jogar o cubo, ele irá “cair” em uma figura. Peça à criança que repita o nome da figura quando for a vez dela. Faça isso repetidas vezes, com cubos diferentes.

Brinquedo: esse brinquedo pode ser encontrado em lojas com diferentes formatos, mas também pode ser facilmente inventado com os objetos do cotidiano da pessoa. Pegue vários que ela conheça e outros que passará a conhecer, mostre a ela e peça para que ela nomeie corretamente. O interessante é que quando a criança nomeia corretamente, ela estará “treinando” a fala e o reconhecimento dos objetos pela palavra. Assim, na ausência do objeto, mas na presença da palavra, a criança irá associar o significado.

Brincadeira: músicas.
Desde muito cedo as crianças gostam de cantar. Além de ser uma brincadeira de alto teor motivador, a música pode representar uma excelente opção para a criança falar muitas palavras cantadas.
Sugestão ao terapeuta ocupacional:
Demonstre interesse pela atividade lúdica, elogie, mas sem exageros. Ela precisa se sentir motivada a jogar e não a agradar você, pois, neste último caso, quando você não elogiar, ou alguém não elogiar, ela ficará desmotivada para continuar brincando. Corrija brandamente (repita a palavra certa quando a criança não falar corretamente. Repita junto com ela). 


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Jogos em Terapia Ocupacional





Os jogos podem ser classificados de várias formas, no entanto a melhor maneira de concebê-los é encarando-os como forma de crescimento psicossocial. O jogo pode ser descrito de três grandes formas: jogos afetivos, jogos cognitivos e jogos corporais.


  • Jogos afetivos:
Jogos afetivos são aqueles que possibilitam que as crianças tenham trocas afetivas intensas durante a sua realização. A princípio, todos os jogos podem desencadear essas concepções, no entanto, há jogos em que esses aspectos estão bem mais presentes. 
É durante eles que a criança é testada a colocar em prática ações em que o amadurecimento é mostrado. Neles, podemos perceber o quanto há de imaturidade ou maturidade nas ações dos indivíduos. Cabe ao terapeuta intervir, quando necessário, nestes jogos, buscando possibilitar à criança, práticas psicossociais próximas das atividades naturais de desenvolvimento. Estes jogos podem ser atividades em duplas, trios ou pequenos grupos. Pinturas em grupo, quebra-cabeças, tangrans, legos, construções de maquetes em grupos são excelentes jogos para o desenvolvimento desta habilidade pessoal. 
Com o jogo, busca-se que a criança possa desenvolver a noção do ser a partir da ideia do fazer e nuca a ideia do ser a partir do ter. É necessário desenvolver a percepção do outro, da perda, da divisão e da partilha. O crescimento pode também vir das perdas e estas também possibilitam o crescimento e a maturidade.

Os jogos coletivos ou em dupla, estimula a capacidade do indivíduo de se relacionar com outras pessoas, ao mesmo tempo, colocam as pessoas em contato com seus sentimentos, como frustrações ao perder o jogo, a tentativa de solucionar seus problemas e tomar uma decisão frente a estes.
 
  •  Jogos cognitivos:
São aqueles que estão mais voltados ao desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. Nestes jogos o indivíduo irá testar e compor um raciocínio capaz de enfrentar as diversas situações do dia-a-dia. São estes jogos que ampliarão a percepção e o cálculo mental, condições primárias de uma aprendizagem satisfatória. Estes jogos são práticas que requerem grandes períodos de atenção e de concentração e, por isso, são excelentes exercícios para desenvolverem esses comportamentos. O xadrez, as trilhas, as damas e jogos de baralho são ótimos para desenvolver estas habilidades.
 
Há ainda os jogos da memória, onde são estimuladas as habilidades como: atenção, uso da linguagem oral simples, noção de relações espaciais e a habilidade para resolução de problemas (principalmente por tentativa e erro).

O quebra-cabeça estimula a exploração espacial a partir do conhecimento de sua dimensão que, em conjunto com a capacidade de resolução de problemas, capacita o jogador a encaixar as peças. Além disso, estimula a memória e a atenção para que consiga formar a figura.  

No jogo de damas, a noção de relação espacial é muito importante para se obedecer às regras de movimentação das peças. Explora-se ainda a atenção, a relação de causa e efeito e a memória, onde o jogador pode mentalizar o movimento de tal peça e a consequência desse movimento para sua jogada ou de seu adversário.

  • Jogos corporais
São aqueles que exigem atividade motora. Para eles, é necessário que o indivíduo coloque seu corpo à disposição da atividade que está sendo desenvolvida. A atividade corporal desenvolve múltiplas perspectivas da pessoa em relação ao mundo. Estátua, duro e mole, mímica, expressão corporal, teatro, cirandas e danças são atividades que não podem faltar nestas práticas. 


Espero que tenham gostado!
Beijos e até a próxima postagem!




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Trabalhando componentes cognitivos no carnaval: Percepção temporal



A noção de tempo é um aspecto importante a ser trabalhado pelo terapeuta ocupacional visto que é a dada noção que leva o individuo a desenvolver hábitos do cotidiano como dormir, acordar, tomar banho, almoçar, jantar, ir à escola, trabalhar e muitas outras atividades rotineiras que acontecem em função do tempo.

Para uma criança, desenvolver a percepção temporal é uma premissa para que ela possa se incluir cada vez mais no universo em que vive. A noção do tempo para a criança, no primeiro momento, só acontece de duas formas: o agora e o muito depois. Aos poucos a criança vai percebendo que o tempo antes, durante e depois são coisas interligadas e que muitas ações são dependentes dele, e para tanto, ela deverá se sujeitar a tal.

Trabalhar a noção de tempo é uma tarefa das mais difíceis e requer um esforço muito grande do terapeuta e dos pais ou cuidadores, senão a noção interna de tempo e de responsabilidade pode passar despercebida. Sendo assim, aqui vai algumas atividades que podem trabalhar a aquisição da percepção temporal no contexto do carnaval.

  • Com o auxílio de um calendário grande, buscar trabalhar a orientação quanto a data e ao dia em que se encontram, qual o dia assinalado no calendário que demarca o carnaval e quantos dias faltam para chegar o carnaval.
  • Se o cliente gostar de carnaval, o terapeuta pode levar a programação da data festiva e projetar as ações que serão realizadas pelo cliente. Exemplo: festa de carnaval da escola, ou do grupo de idosos (qual será o dia, quantos dias faltam para chegar a festa, de que horas a festa irá ocorrer, o horário é manhã, tarde ou noite?).
  • Se o cliente for alfabetizado, o terapeuta pode utilizar marchinhas de carnaval que tenham uma sequência temporal, onde o terapeuta ocupacional escreverá em pedaços de cartolinas, uma frase da marchinha para que o cliente organize tais frases de acordo com a sequência temporal correta. Antes é bom apresentar a letra da música para ele, cantarem juntos, para depois estimulá-lo a formar a sequência temporal. Como sugestões de marchinhas, coloco um trecho da música “Jardineira” e “Allah la ô”. Os trechos sugeridos encontram-se abaixo:
A JARDINEIRA
Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938
Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

ALLAH-LÁ-Ô
Haroldo Lobo-Nássara, 1940
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara



A todos, uma proveitosa atividade!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Trabalhando componentes cognitivos no carnaval: coordenação motora fina e visuo-motora



Em posts anteriores publiquei sobre a coordenação motora fina, então neste irei me deter a falar sobre a coordenação visuo-motora.

A coordenação visuo-motora é uma parte da coordenação motora fina. Ela envolve o olho e as mãos executando atividades ao mesmo tempo. Nas atividades de vida diária esse componente é importante no alimentar-se, vestir-se, em algumas atividades de arrumar-se, na preparação da alimentação, para fazer compras, para controle do dinheiro e operações em caixas eletrônicos, em atividades educacionais como escrita e pintura.

Para isso, foram listadas algumas atividades que trabalham a coordenação visuo-motora. Como atividades:

  • Recortar com a ponta dos dedos, tiras coloridas de papel para enfeitar a sala.
  • Recortar com tesoura, círculos feitos de papéis coloridos, dando alusão a confetes para enfeitar a sala (entretanto os círculos a serem recortados serão maiores que os confetes, que são muito pequenos).
  • Fazer pinturas faciais utilizando tintas adequadas para pintura na pele e pincéis. Como opções de tintas sugiro as do tipo “Pintando a cara”.
  • Decorar máscaras de carnaval utilizando cola e lantejoulas coloridas.
  • Colorir roupas brancas para o carnaval utilizando tintas para tecido e pincel.

Trabalhando componentes cognitivos no Carnaval


Esse será o primeiro post da série: Trabalhando componentes cognitivos no carnaval. Para isso, começaremos com um componente importante: a percepção espacial!

O espaço constitui muito mais do que uma dimensão física: paredes, portas, janelas, ruas, casas, prédios, entradas e saídas. Há nos espaços, as mais diferentes ações que o constitui como tal.  A falta de uma boa dominância espacial leva o indivíduo a ter problemas de localização. Também tem problemas de localização nos desenhos, nos mapas, e às vezes, pode até trocar letras de lado (letras espelhadas como p e b, ou, on; e até mesmo números como 21, 12).

Para trabalhar a percepção espacial no contexto do carnaval, temos como sugestão de atividades:
  • Ofertar ao indivíduo, caças-palavras com palavras referentes ao carnaval, tais como: máscaras, marchinhas, fantasias, etc.
  • Oferecer ao cliente labirintos em papel para que ele encontre a saída. Pode ser utilizado como figuras um folião que deseja encontrar o bloco de carnaval.
  • Decorar máscaras de Carnaval colando lantejoulas no espaço da máscara.
  • Propor que o cliente faça desenhos em uma lousa que simbolize o carnaval.
  • Montar quebra-cabeças com fotografias de carnaval.
  • Levar o cliente para passeios terapêuticos onde se comemore o carnaval, lembrando sempre de orientá-lo quanto à localização.
  • Criar um longo caminho de largura delimitada por duas fitas coloridas no chão que possam ir de um extremo a outro da sala. O terapeuta deverá disponibilizar flores feitas de cartolina com fita durex atrás, e o cliente, ao som da música “Jardineira”, deverá colar as flores em um quadrado delimitado pelo terapeuta. Esse quadrado pode ser uma folha de cartolina de cor diferente da cor das flores e deve ficar no extremo oposto de onde estarão as flores. Assim, ao som da marchinha de Carnaval “Jardineira”, todos devem pegar uma flor de papel, seguir pelo caminho demarcado pelo terapeuta e colar a flor no quadrado que ficará do outro lado do caminho. Para lembrar, a música é a seguinte:


A JARDINEIRA




Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938




Ó jardineira porque estás tão triste


Mas o que foi que te aconteceu


Foi a camélia que caiu do galho


Deu dois suspiros e depois morreu


Vem jardineira vem meu amor


Não fiques triste que este mundo é todo seu


Tu és muito mais bonita 


Que a camélia que morreu




A todos, sucesso com a atividade!


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Resultado da Promoção: Colhendo flores da Terapia Ocupacional!


Fadas e elfos do Jardim de Brigid, chegou o grande dia: O resultado da promoção: Colhendo flores da Terapia Ocupacional!

Antes de revelar o nome da pessoa que vai receber um livro de Terapia Ocupacional, gostaria de agradecer a todos que acreditaram e mandaram suas respostas!

Foram respostas as mais variadas possíveis e as mais belas também, onde pudemos perceber um pouquinho de cada um dos nossos leitores: seu carinho, sua alegria, sua experiência e seu amor. E acreditem: Foi extremamente difícil escolher apenas uma!

Agora, gostaríamos de parabenizar a Taíne Oliveira, que foi a campeã da promoção e estará recebendo em sua casa o livro escolhido por ela que representado pela flor Rosa, equivale a: Pensar e inventar-se em Terapia Ocupacional.  Estude, aproveite o livro, explore-o bastante! Obrigada por participar, ficamos muito felizes com sua resposta!

E vamos então apresenta-la a todos:


“Visitar o jardim de Brigid, faz com que as pessoas (não apenas profissionais e/ou acadêmicos da terapia ocupacional) se redescubram e vejam em si e em sua volta uma forma de criar e ajudar as pessoas, além de poder criar ambientes agradáveis de maneira simples e ecológica. É nesse cantinho que se vê o simples da vida tornando-se grandioso para o bem. É aqui, que é plantado conhecimento e colhido sabedoria de maneira singela e eficaz”.


Mais uma vez, obrigada a cada um. O cantinho da Terapia Ocupacional não seria o mesmo sem vocês!

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Mandala cognitiva!


 As mandalas  são  desenhos em forma de círculos que se caracterizam como um símbolo e propiciam integração com o ego. A própria família é uma mandala, sendo seus elementos ligados entre si. Sendo assim, a proposta é criar uma mandala genealógica cognitiva, onde através desse símbolo circular, possam ser trabalhados:


  •   Associação de ideias
  • Estímulo da memória
  • Atenção
  •   Figura-fundo
  •  Categorização
  •  Valores
  • Criatividade


 Material: círculo médio feito de papel cartão, cola, papel com nomes de familiares, fotos dos familiares.


Desenvolvimento:  O terapeuta ocupacional disponibilizará um círculo médio feito de papel para o cliente e avisa que na atividade daquele dia será trabalhada a família. Será dado um tempo para que o cliente decore o círculo a seu gosto. Pode utilizar para isso: folhas de árvores, tecidos coloridos, escrita de palavras...  

Após realizada esta etapa, o terapeuta sorteará nomes (sendo sorteado um nome de cada vez). A cada nome falado, o cliente deverá procurar, entre as fotos, aquela que se relacione ou que represente aquele nome. 

Exemplo: sorteia-se a palavra filho e o cliente deve procurar a foto de seu filho/ ou sorteia-se o nome do neto e o paciente deverá procurar a imagem de seu neto. Quando ele encontrar, deverá colar na mandala.

O terapeuta deve retomar alguns nomes e fotos que o cliente sentiu dificuldade e à medida que ele for lembrando os nomes, deverá  colar os nomes nas fotos equivalentes.


Ao final da atividade ficará formada a mandala genealógica, reunindo naquele simples círculo imagens e nomes de pessoas, cores e despertadas lembranças e sentimentos.


Essa atividade também pode ser realizada em grupo, substituindo fotos de parentes, por materiais utilizados nas AVD. Por exemplo: sortear a palavra banho, e os participantes procurarem nas imagens, aquela que se relacione com esta atividade. 

A todos, uma ótima atividade!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Jardim em homenagem às vitimas de Santa Maria (RS)

Nesta quarta-feira (30), alunos e professores do curso de Terapia Ocupacional  da Universidade Federal de Santa Maria fizeram o plantio de um jardim em frente ao Centro de Ciências da Saúde. 
O curso perdeu quatro alunos de Terapia Ocupacional e dois ainda estão hospitalizados.



Inspirado neste bonito gesto, o Jardim de Brigid se faz extensão do jardim construído pelos alunos e professores de Terapia Ocupacional da UFSM.


Nunca há fim: há começos e recomeços: Quando morre uma flor, nasce uma semente; quando uma semente morre, nasce uma planta. E a vida continua o seu caminho, mais forte do que a morte: Laureane Salapata; Heberth Charão; Cristiane Rosa; Juliana Santos.

Kelen Ferreira e Gabriele Stragnari: Vocês são novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço. São por si a força que nunca seca! Torcemos pela rápida recuperação de vocês.

Abraços a todos de Santa Maria.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Terapia ocupacional e a coordenação motora fina


Esta coordenação equivale aos trabalhos de destreza manual que são executados com o auxílio das mãos e dos dedos. Quando uma criança começa a desenvolver uma boa coordenação motora fina ela poderá pegar copos de plástico com água sem derramar, pegar objetos delicados como lápis, borracha e folhas de papel. 

A coordenação motora fina é importante em inúmeras atividades, podendo citar as atividades de escrita, recorte, digitação, além das atividades de vida diária, tais como alimentar-se, higiene oral, arrumar-se e vestir-se.


Sendo um componente importante, o terapeuta ocupacional pode trabalhá-la através das seguintes atividades:
  • Atividade de quilling, que consiste em uma prática manual utilizando tiras de papel. Recorta-se a tira, utilizando a tesoura, e, com a ponta dos dedos polegar e indicador, vai enrolando e modelando as tiras para formar desenhos. Para exemplificar melhor, veja a foto: 

  • Atividades de recorte de formas: triângulos, quadrados, retângulos, objetivando formar um desenho: que pode ser um boneco, um castelo, um carro, tudo com formas geométricas. 


  ·     Fazer desenhos utilizando grãos e sementes como milho, feijão, grão de bico, dentre outros.  Essa atividade pode ser modelada,  pedindo que a criança fala um desenho com a mão direita e depois a mesma coisa com a mão esquerda. Dependendo da criança, o terapeuta ocupacional poderá fazer um desenho e marcar as linhas  (sejam retas ou curvas) onde os grãos serão colados.


·         Realizar atividades de mosaico utilizando cascas de ovos, recortes de tecidos, botões, entre outros materiais, podendo decorar vasos, cadernos, caixas de madeira para presentear os pais.


  • ·    Construir bonecos e objetos utilizando massa de modelar. Para preservar o boneco por mais tempo, dando mais brilho e resistência, pode-se, ao final da atividade, utilizando um pincel, passar cola branca por cima e deixar secar. Ao utilizar o pincel para passar a cola, além de dar o acabamento final, o componente de desempenho ainda estará sendo trabalhado. 

  • Recortar tiras de papel utilizando os dedos. Com os recortes das tiras de papel pode-se construir uma saia de ula ula para meninas, roupas de monstros para os meninos, e começar, a partir daí a brincadeira de faz-de-conta associada à coordenação motora fina! 




Beijinhos de luz a todos! Espero que tenham gostado do post!








quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Terapia Ocupacional e a coordenação motora global





A coordenação motora global é trabalho que apura os movimentos dos membros superiores (mãos, braços, ombros), cabeça, pescoço e também membros inferiores (pernas, pés, quadris). 

Quando uma criança possui uma coordenação motora global satisfatória, ela consegue acompanhar atividades que exijam movimentos combinados, possui ritmo, equilíbrio, e tudo isso ajuda no andar, correr, no explorar do espaço e no brincar.

Sendo assim, algumas atividades que podem ser utilizadas pelo terapeuta ocupacional e que auxiliam o desenvolvimento da coordenação motora global são:


1.       Construir maquetes da rua onde ele mora, ou da escola que frequenta.

2.       Fazer origamis gigantes utilizando cartolinas.

3.       Montar quebra-cabeça gigante no chão

4.       Construir bonecos de neve utilizando grandes bolas de isopor.

5.       Construir um jogo de trilha gigante no chão, onde a criança deverá jogar um dado grande para saber o número de casas que percorrerá. Lembrando que quem chegar primeiro ao final da trilha vence.

6.       Fazer roupas de papelão e usá-las para uma dança ou teatro.

7.       Fazer pinturas no corpo de acordo com a atividade do dia: pode ser pintura de animais, palhaços, letras, ou ainda trabalhar as cores.

8.       Estimular o sensorial através da colagem de pedaços de retalhos em roupas para expressão corporal.

9.       Brincar de criar desenhos no ar com fitas coloridas.

10.   Fazer uma linha no chão com fita, onde a criança deverá andar sobre a linha.

11.   Fazer o concurso da serpentina (ver que atira mais longe a serpentina).

12.   Brincar de super-homem (correr segurando com as duas mãos a capa sem deixá-la cair no chão).

13.   Jogar basquete com a cesta no chão, a uma distância de 3 metros.

14.   Ao som de uma música, brincar de estourar bolas de sabão utilizando as mãos e os pés.

15.   Brincar de encontrar objetos escondidos em túneis feitos de papelão.

16.   Fazer circuitos de bambolês para as crianças passarem por dentro.

17.   Fazer circuito utilizando garrafas pet para que as crianças corram entre elas, sem tocar nem derrubar nenhuma garrafa.

18. Pular corda, que além de auxiliar na coordenação dos membros do corpo, ainda favorece o conhecimento e controle de tempo e ritmo.

Espero que tenham gostado do post! 
Uma ótima atividade a todos!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Última chamada para a promoção: Colhendo flores da Terapia Ocupacional!

 

2012 foi um ano muito especial: foi o ano de abertura do blog Jardim de Brigid, onde fomos recebidos com muito carinho pelas pessoas!

Um novo ano está chegando e com ele virão novos aprendizados, novas experiências, novas demandas.

E para começar bem esse novo ano, o Jardim de Brigid resolveu presentear seus leitores por meio de uma promoção, onde o ganhador terá o direito de escolher para si uma das três flores abaixo, que equivale a um livro novinho específico de Terapia Ocupacional:

Flor Rosa: Caso essa seja sua escolhida, ela que equivale ao livro: Pensar e inventar-se em Terapia Ocupacional, da autora Christiane Siegmann

 

 

Flor Margarida, cujo livro é: O brincar na Terapia Ocupacional, de Marisa Takatori

 

 

Flor Girassol, o livro: Danças em Terapia Ocupacional, de Flávia Liberman

 

 

Para participar da promoção, a pessoa deve responder a seguinte pergunta:

 Por que visitar o Jardim de Brigid?

Depois mandar um email com a resposta, juntamente com o nome da "flor", representando o livro que desejas, e seu número de telefone para: annahelenat.o@hotmail.com

A melhor resposta será a escolhida!


Não deixem de participar e colha uma das três flores desejadas. Acredite no seu potencial! 

Dia 28 de janeiro encerram-se as inscrições e o resultado sairá no dia 30 de janeiro de 2013.

 

Beijinhos de Luz a todos e boa sorte!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Estratégia sensorial vestibular para facilitar o processo de aprendizagem


 ·         Encorajar as crianças a experimentar os diversos brinquedos disponíveis (escorregador, gira-gira, gangorra, balanço...  todos os que envolvem movimento).


·         Promover atividades de coordenação motora fina com crianças em diversas posições: no chão, na cadeira, em pé, em plataformas suspensas. Que tal fazer um circuito onde a criança deverá completar a outra metade da figura, tendo uma figura diferente em cada um desses lugares relatados. Isso ainda trabalha fechamento visual.


·         Propor jogos com jogos com bola para formar sentenças matemáticas ou sequência de palavras. Uma sugestão seria através de um basquete, onde a criança iria jogar a bola e a cada erro ou acerto, iria preencher no quadro um tracinho para fazer a contagem de quantas bolas foram cesta ou não. Ao final da atividade, pode propor fazer uma contagem onde ele terá que calcular: o número de bolas acertadas (contando os tracinhos) e o número de bolas total (somando os tracinhos de acertos mais os de erros). Ou ainda, esconder os número o total de erros, e pedir para ele, sabendo o número de bolas acertadas e o número total de bolas, descobrir quantas bolas ele errou (subtração), trabalhando assim resolução de problemas.


·         Oferecer brincadeiras com movimento  e coordenação motora grossa  antes de iniciar atividades de coordenação motora fina. Que tal danças, imitações, desenhos em painéis ou no ar?


Estratégia sensorial tátil para facilitar o processo de aprendizagem


 ·         Permitir à criança a manipulação de pequenos objetos durante as atividades de concentração (por exemplo: rodar o lápis, esfregar a borracha, ou pequenos enfeites na borda do lápis).


·         Aceitar que a criança mastigue balas ou chicletes para manter o estado de alerta.


·         Possibilitar que a criança manipule ou esfregue em seus braços e pernas, objetos de diferentes texturas no decorrer das atividades.


·          Propor atividades bimanuais de manipulação de pequenos objetos, miçangas, plástico-bolha, conta-gotas, que favorecem a aquisição ou o aperfeiçoamento da coordenação motora fina.


·         Permitir o uso de engrossadores de lápis para o refinamento da escrita.


·         Incentivar o desenho livre com os dedos sobre superfícies lisas e com texturas, fazendo uso de tintas.



Fonte: O processamento sensorial como ferramenta para educadores: facilitando o processo de aprendizagem (Momo; Silvestre; Graciani, 2011).