quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dinâmica corporal CAPSad II

 

FALANDO COM O CORPO


O grupo deve ser dividido em dois e colocar nomes de músicas no papel para eles encenarem, e o outro grupo tenta advinhar qual é a música. NÃO PODE FALAR NEM FAZER NENHUM SOM. A COMUNICAÇÃO DEVE SER FEITA APENAS COM OS MOVIMENTOS CORPORAIS.

As músicas a serem utilizadas devem ser aquelas  que fazem parte do contexto social do grupo. Para isso é necessário ter um conhecimento prévio do estilo musical de seus componentes.

 

Como sugestão, pode-se colocar músicas de novela, ou popularmente conhecida, como:

 

A música de marisa monte (amor I love you, amor I love you...)

A música da novela Cheias de Charme (ex my love)

Música de Legião Urbana (Pais e filhos)

e por aí vai...

 

É importante colocar muitas músicas, de forma que todos tenham o momento de atuar e o momento de assistir.


Depois levanta-se a discussão do que eles acharam dessa comunicação corporal.

Se foi melhor atuar (ativo) ou ficar como espectador (passivo)

O que eles acham que ajudou/dificultou a compreensão da linguagem corporal.

Dinâmica corporal CAPSad

Tocando-me

 

Nosso corpo é um delicado instrumento musical!

O tum-tum-tum do coração

Os sons do respirar

As risadas alegres juntos às pessoas que amamos

O bater de palmas para cantar parabéns

O bater nas costas ao abraçar um amigo!

Nossas canções no chuveiro...

O som de um beijo!

 

Quem de vocês duvida que podemos formar uma música com nosso corpo?

Vamos tentar?

Nesse momento o terapeuta ocupacional escolhe uma música que seja de comum acordo pelo grupo e a proposta é tocar aquela música utilizando o próprio corpo. É legal p dar uma sonoridade melhor, escolher uma pessoa do grupo para cantar a música, e o restante faz aquele rodízio em que cada pessoa faz uma sequencia de sons: ex. três palminhas, cinco pulinhos, sons com a boca, para serem o instrumento da música utilizando o corpo.

Depois, levanta-se a discussão, podendo abordar os seguintes pontos:

Algum deles já tinha feito essa atividade utilizando o corpo?

Como foi o trabalho em equipe?

Qual a importância do corpo pra eles?

Na opinião deles, eles cuidam do corpo? Se sim, como eles cuidam do próprio corpo?

Para organizar melhor as respostas, o terapeuta  pode fazer um denho de um corpo no papel e  cortar nesse formato, onde os pacientes escreverão as respostas. Depois cada um lê o seu, ou faz discussão livre mesmo. Depende do tempo que você tem pra realizar a dinâmica.

(Tocar nesse assunto acerca do corpo é muito importante para os clientes de CAPSad, já que o uso de substancias químicas é uma agressão contra o próprio corpo, muitos também se envolvem em agressões contra o corpo da outra pessoa... eles negligenciam o corpo e não percebem o quanto importante é e as inúmeras funções que nosso corpo tem, afinal, é como ele que nos relacionamos com o mundo, que cantamos quando estamos alegre, que chora, quando se está triste.

Essa é a idéia de Dinâmica. Espero que tenham gostado.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

A utilização das cores na atividade

 

Quanto à variação:


  • Branco > oposição, tentativa de camuflar situações, dissimulação, negação, técnica defensiva.

  • Predomínio do negro > regressão a situações uterinas, sentimento de morte, ódio, negativismo absoluto, defesa, luto > melancolia (cuidado suicídio).


OBS: se o preto for utilizado sozinho = tristeza e medo.

  • Preto e branco > ansiedade, depressão, grandes temores eminentes (tendência ao sentimento de ruína, mas não no sentido paranóide).

  • Marrom > sugere regressão, complexo de culpa e sujeira, vivências ruins, fase anal, conotação de vivência sexual inadequada, muito pudor, medo de fazer coisas “feias”, culpa.

  • Marrom com preto > regressão pesada, pessoas frágeis com tendência regressiva, que se punem muito em relação à sujeira, dificuldades quanto à manipulação das partes sexuais dele e dos outros.

OBS: se os traços forem em desalinho (sujo com manchas) pessoas com grande desorganização interior

 

  • Marrom/violeta/azul: grande depressão, melancolia.

  • Cinza: desforia, tristeza, insatisfação, dissimulação.

  • Predomínio do azul:

  • Turquesa – depressão, melancolia.

  • Celeste (dia) – calma

  •  

  • Azul (rei) – megalomania, tristeza, inibição, desejo, afirmação.

  • Celeste (noite) – misticismo


  • Azul frio (forte) – comedimento em excesso, pessoa policiada.

  • Azul e amarelo – dificuldade gerando conflito e desejo de afirmação

  • Amarelo sol – força, energia, estabilidade, euforia, quando muito utilizado sugere violência.

  • Amarelo – bom tônus vital, alegria. O amarelo é uma das cores mais razoáveis dependendo do tom e da combinação. É uma cor quente, heterocêntrica, consegue estabelecer relações razoáveis com o meio.

  • Amarelo e rosa – não perde a conotação de heterocentrismo

  • Amarelo e vermelho – mescla a agressividade, hetero-agressivo, agressão e hostilidade, auto agressividade.

  • Vermelho - agressão, destruição, ódio, sensibilidade sexual, força e vigor. É a cor mais emocional. O interesse pelo vermelho decresce à medida que a criança supera a fase impulsiva e ingressa na fase da razão e de maior controle emocional.

O vermelho pode ter dois simbolismos:

- negativo > roubo, guerra, destruição.

- universal > (inconsciente coletivo) cólera, paixão, sangue, temor sexual.

  • Vermelho e preto > auto agressividade, tendência suicida, destruição.

  • Rosa > dificuldade de elaboração de sentimentos antagônicos (contrários)

  • Verde > criação, reprodução, indivíduo emocionalmente fraco, imediatista, distúrbios digestivos, inibições.

  • Alaranjado > desejo de contato, repressão de agressividade, desejo de simpatia forçada, mais fantasia do que ação.

  • Púrpura > ansiedade

  • Roxo > paixão ligada a traição, depressão, pode sugerir paz e realização. Idéia de grandeza (megalomania) e de realeza.

INTENSIDADE E FREQUÊNCIA NO USO DA COR:


  • Sempre vermelho > temor de castração

  • Amarelo> alegria, bom tônus vital.

  • Recusa total da cor> pacientes neuróticos graves e psicóticos, fobia compulsiva, pacientes retraídos.

SIMBOLISMO QUANTO A DISPOSIÇÃO DAS CORES:

  • Cores separadas > expansão, porém com emoções controladas ou dirigidas, desejo de ordem, equilíbrio.

  • Cores entrelaçadas ou mescladas > menos controle emocional.

  • Cores sobrepostas > regressão, conflito emocional agudo, conflito na relação “eu-mundo”.

  • Cores desordenadas ou justapostas de modo confuso com negligência (adolescente e adulto) > confusão mental, descontrole, caráter desenfreado, sem noção de limite, de comportamento, desorganização psíquica.

  • Cor muito separada na área disponível > sugere compulsividade, desejo de perfeição, disciplina rígida.

  • Cor cuidadosamente disposta, ocupando a área disponível > circunspecção, atividade disciplinada e limitada.








quarta-feira, 18 de julho de 2012

Atividades para estimular a aquisição da formação conceitual

Formação conceitual é a capacidade de organizar uma gama de informações para formar os pensamentos e idéias.


Atividades:


• Observar uma coleção de objetos pequenos misturados: pedrinhas,botões, conchas, grãos de milho, bolinhas de vidro, clipes, etc. Separar esses objetos pela classe a que pertencem: conjunto de  pedras, de botões, de clipes.

• Seriar objetos de acordo com o tamanho (do menor para o maior), com a cor (da mais clara à mais escura), com a espessura ( do mais fino para o mais grosso), conservando a mesma categoria.

Cortar frutas ao meio para dividi-las com um colega (dois pedaços:um para cada um).

• Organizar armários, separando peças iguais e deixando-as próximas.

• Jogos (contribuem para desenvolvimento de noções matemáticas): pega-varetas, memória, dominó, etc.

• Exercícios com blocos lógicos   de vários tamanhos, espessura, cor,forma.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Atividades para orientação temporal

 

A Orientação Temporal tem alguns aspectos semelhantes à estruturação espacial.  A criança se organiza de acordo com sua rotina (sono/vigília, antes/depois, manhã/tarde e noite).

 Crianças pequenas lidam com o presente, porém desenvolvem uma compreensão intuitiva de tempo, não relacionada ao relógio ou ao tempo cronológico. Os conceitos temporais são compreendidos mais tardiamente do que os espaciais.

Ao desenvolver sua orientação temporal a criança começa a perceber que tudo acontece em um determinado tempo e, então, aprende a calcular ou prevê-lo.

Crianças até seis anos estão adquirindo esta noção e não se deve exigir que consigam realizar determinadas ações que dependem desta habilidade (pois é questão de maturação). Em contrapartida, a criança deve vivenciar estas situações para que consequentemente consiga internalizá-las.

O ritmo é a base destas experiências e as crianças aos poucos passam a perceber sua ordenação e duração. Ao estabelecer um plano de ação e executá-lo, a criança se depara com a necessidade de organizar-se, respeitando a seqüência de ações e ajustando-as ao ambiente que, com freqüência transforma-se.

Atividades para orientação temporal:

• Ouvir histórias, ou músicas que contenham histórias, e depois contar a seqüência dos fatos.

• Ordenar cartões com figuras e formas e recompor uma história com  início, meio e fim.

• Observar animais (mosca, lesma, lagartixa, gato, tartaruga, etc.) e  dizer quais são os mais velozes e os mais lentos.

• Mover carrinhos rápida e lentamente, seguindo instruções do terapeuta.

• Plantar feijões e observar o seu crescimento. Posteriormente, o  terapeuta e as crianças desenharão a história da vida do feijão, passando pelas etapas do seu desenvolvimento, da semente até aplanta  adulta.

Atividades para trabalhar o esquema corporal

Esquema corporal é a aquisição da consciência interna do corpo e da relação das partes do corpo entre si. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.

O conhecimento adequado do corpo engloba a imagem corporal e o conceito corporal, que podem ser desenvolvidos com atividades que favoreçam:

  • o conhecer do corpo como um todo;

  • o conhecer do corpo segmentado;

  • o controle dos movimentos globais e segmentados;

  • o equilibrar estático e dinâmico.

  •  

Sendo assim, como sugestões de atividades, temos:

  • Nomear partes do próprio corpo, do corpo do terapeuta e do corpo de bonecos.

  • Juntar as partes de um boneco desmontável.

  •  Completar o desenho de uma figura humana com o que estiver  faltando.

  • Deixar o corpo cair, em bloco, sobre o colchão.

  • Exercitar tensão e relaxamento no corpo (encher  e  murchar  a barriga,  as bochechas...)

  • Brincar de imitar os animais

 


     

     

 

Atividades para percepção visual


Percepção visual é o produto final da visão consistindo na habilidade de detectar a luz e interpretar (ver) as consequências do estímulo luminoso. Ter uma boa percepção visual é importante, especialmente para o sucesso escolar. As crianças precisam de boa percepção visual para discriminação de letras e números, copiar do quadro, desenvolver a memória visual das coisas observadas e desenvolver uma boa coordenação visuo-motora.

 

Atividades para estimular o desenvolvimento da percepção visual:



  • Identificar o branco e o preto.

  • Reconhecer, entre muitos, objetos que têm as cores primárias -vermelho, azul e amarelo.

  • Agrupar objetos de acordo com suas cores.

  •  Agrupar objetos de acordo com suas formas.

  • Montar quebra-cabeças simples.

  • Desenhar uma figura incompleta e pedir para a criança completá-lo.

  • Encontre um livro de fotos com várias imagens. Peça para a criança olhar a foto por um tempo, em seguida, fechar o livro e dizer-lhe sobre a imagem.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Atividades para percepção tátil

 


Percepção tátil é a capacidade do ser humano perceber através da pele as características de um objeto (forma, tamanho e textura) além de outras sensações como pressão, temperatura e dor, as quais em conjunto possibilitam a adequada relação com o ambiente e objetos, assim como a proteção e reação dos indivíduos a estímulos nocivos.

Atividades:

• Apalpar sacos e pacotes com as mãos, a fim de adivinhar que  objetos estão dentro.

• Reconhecer  pessoas pelo tato.

• Andar descalço em água, areia, terra, madeira, contando  depois o que sentiu.

Manipular objetos  para poder experimentar variações de tamanho (pequeno, médio, grande).

Atividades para percepção auditiva


Percepção auditiva é transformação do sinal acústico em informação útil. Quando há um déficit desta percepção, o indivíduo não é capaz de fazer o uso perfeito deste sinal.

A percepção auditiva envolve a recepção e a interpretação de estímulos sonoros através da audição. Nesta percepção identificam-se algumas habilidades como a detecção do som, sensação sonora, discriminação, localização, reconhecimento, compreensão, atenção e a memória, sendo assim parte do processamento auditivo que envolve a investigação do sinal acústico integrando a informação em modelos.

 

Atividades:

  • Identificar e imitar sons e ruídos produzidos por animais e fenômenos       da natureza.

  •  Procurar a fonte de onde se origina determinado som.

  •  Brincar de cobra cega.

  •  Tocar instrumentos musicais.

  •  Fazer rimas com palavras

Atividades para coordenação dinâmica global

A coordenação dinâmica global ou geral envolve  movimentos gerais com todo o corpo (cabeça, ombros, braços, pernas, pés, tornozelos, etc.), fazendo com que vários grupos musculares atuem ao mesmo tempo para executar movimentos voluntários complexos.

As atividades abaixo devem ser inseridas em um circuito que exijam tais movimentos:

• Engatinhar bem rápido.

• Correr        imitando    animais.

• Correr segurando uma bola.

• Arremessar   bolas   para um colega.

Habilidades psicomotoras e processo de alfabetização



As habilidades psicomotoras são essenciais ao bom desempenho no processo de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita exige habilidades tais como:

• Dominância manual já estabelecida (área de lateralidade);

• Conhecimento numérico suficiente para saber, por exemplo, quantas voltas existem nas letras m e n, ou quantas sílabas formam uma palavra (área de habilidades conceituais);

• Movimentação dos olhos da esquerda para a direita, domínio de movimentos delicados adequados à escrita, acompanhamento das linhas de uma página com os olhos ou os dedos, preensão adequada para segurar lápis e papel e para folhear (área de coordenação visual e manual);

• Discriminação de sons (área de percepção auditiva);

• Adequação da escrita às dimensões do papel, reconhecimento das diferenças dos pares b/d, q/d, p/q etc, orientação da leitura e da escrita da esquerda para a direita, manutenção da proporção de  altura e largura das letras, manutenção de espaço entre as palavras e escrita orientada pelas pautas (áreas de percepção visual, orientação espacial, lateralidade, habilidades conceituais);

• Pronúncia adequada de vogais, consoantes, sílabas,  palavras (área de     comunicação   e expressão);

• Noção de linearidade da disposição sucessiva de letras, sílabas e palavras (área de orientação    temporo-espacial);

• Capacidade de decompor palavras em sílabas e letras (análise) e;

• Possibilidade de reunir letras e sílabas para formar novas palavras (síntese).

 

Atividade para trabalhar as habilidades psicomotoras: Circuito Psicomotor

Amarelinha com desenhos de pés

No primeiro extremo da amarelinha terão as vogais. A criança escolherá uma das vogais. Depois, segurando a vogal a criança começa a amarelinha. Onde tem dois pés a criança pisa com os dois pés, onde só tem um pé a criança pisa com um pé. No outro extremo terá desenhos de objetos com comecem com as letras das vogais e a criança deverá identificar qual objeto começa com a vogal que ela está na mão. Ex. se ela estiver com a vogal A, deverá encontrar a Árvore. Com essa atividade é possível trabalhar habilidades conceituais, orientação espacial, comunicação, análise e síntese.

 

Basquete

Improvise um cesto onde a criança deverá acertar a bola: O terapeuta pode competir com a criança ou convidar a mãe, o pai  ou o responsável para competir com ela. Essa é uma atividade simples, divertida e que trabalha a coordenação visuo-motora (que tem como finalidade o domínio de campo visual, associado à motricidade das mãos, dois elementos básicos para o grafismo, concentração, atenção, lateralidade, estruturação espacial (em cima/ embaixo, dentro/fora, perto, longe, do lado…)

 

Corredor de dominó

O terapeuta ocupacional deverá começar a empilhar um corredor de dominó de forma alinhada e estimular a criança para que ela continue o corredor. Após o corredor pronto, é divertido derrubar o primeiro dominó, que derrubará os posteriores! Essa atividade trabalha dominância manual (lateralidade), coordenação visuo-motora, relação espacial e coordenação motora fina.

 

Atividade para coordenação visuo-motora


Os  exercícios de coordenação visuo-motora têm como  finalidade o domínio do campo visual, associada a motricidade fina  das mãos.

Atividade - Jogo com bolinha de borracha que pula

Realizar este jogo em duas etapas: A criança bate a bola no chão, apanhando-a inicialmente com as duas mãos, e depois ora com a mão direita, ora com a mão esquerda. No início a criança deverá trabalhar livremente.

Numa segunda etapa o terapeuta ocupacional  determinará previamente com qual das mãos a criança  deverá apanhar a bola.  A criança joga a bola para o alto com as duas mãos, apanhando-a  com as duas mãos também. Em seguida, joga a bola para o alto com  uma só mão, apanhando-a com uma só mão também. Variar o uso das mãos. Ora com a direita ora com a esquerda.

domingo, 15 de julho de 2012

Teatro com bonecos de papel machê

Bom dia fadas e elfos desse jardim! Hoje quero deixar minha sugestão para uma atividade de teatro diferente: com bonecos de papel machê!

A atividade de teatro é riquíssima, sendo um facilitador na comunicação terapeuta/cliente. É uma atividade muito legal e que pode ser utilizada por todas as idades. 

Com essa atividade, você pode trabalhar, entre outros aspectos:

  • Esquema corporal

  • Coordenação motora grossa e fina

  • Sequenciamento

  • Autoexpressão

  • Criatividade

  •  

Então aqui vai uma receita de papel machê como uma alternativa para a construção dos bonecos.


  • Preparo do papel machê

Por gostar da textura final, uso papel higiênico (apesar do custo ficar maior). Mas você também pode utilizar o papel tipo sufite (o que usamos para imprimir, desenhar: oficio, A4 – aqueles que já foram usados os dois lados, faturas, impressos que iriam para o lixo).  Os papeis mais consistentes você deixa mais tempo de molho na água e liquidifica por mais tempo. Os jornais também são muito usados para essa técnica porque o custo é baixo.

Independente de qual tipo de papel você usar, é fundamental deixar a peça secar bastante para eliminar toda sua umidade e evitar o desenvolvimento de fungos.


Vamos a receita:

Material:

  • 2 rolos de papel higiênico

  • Água

  • Bacia ou balde

  • Peneira ou escorredor

  • Liquidificador

  • 1/2 kg de cola branca (uso cola a base de PVA e a que mais gosto é a Cascorez rótulo azul)

 

Preparo:

1. Coloque o(s) rolo(s) de papel higiênico, sem o cilindro interno de papelão, em um recipiente e adicione água.

Obs.: Você pode adicionar agua fria ou quente. A água quente dissolve mais rapidamente as fibras do papel.

2/3. Esfarele o papel até dissolver bem.

Atenção: Se usou água quente espere esfriar um pouco e mexa com uma espátula.

Obs.: Nessa etapa pode-se utilizar o liquidificador para obter uma massa mais suave. Coloque uma porção de papel e adicione três porções proporcionais de água. Liquidifique, coe e siga a sequencia a partir do quadro 4.

4/5. Retire o excesso de água com a ajuda de um coador. É importante que o papel seja bem coado. Aperte entre as mãos pequenas quantidades de papel retirando bastante a água.

Obs.: Se quiser, você pode colocar os bolinhos de papel em uma tolha, enrolando-os e espremendo-os ainda mais.

6. Depois de retirar bastante a água, esfarele o papel com as mãos até conseguir “grãos” bem suave.

Obs.: Você pode, mais uma vez, liquidificar para conseguir uma consistência mais fininha.

7/8. Adicione cola aos poucos até que a massa fique úmida e com consistência parecida com massa de modelar. Pronto, pode usar.

Obs.: Cuidado para não acrescentar muita cola, se isso acontecer adicione mais papel.

SE FOR USAR O PAPEL SULFITE: rasgue os papeis em pedaços pequenos e deixe de molho na água (fria ou quente) por um tempo, depois liquidifique e ai você segue a partir dos passos 4 e 5. A massa com papel sulfite também é ótima.

ATENÇÃO:
- Deixe sua peça secando na sombra em local arejado. Se for necessário colocá-la no sol, faça isso só após sentir que sua peça está seca ao toque e que está há algum tempo secando a sombra. Isso evita rachaduras e deformações.

sábado, 14 de julho de 2012

Atividades para controle oral-motor

 Publico aqui algumas atividades para trabalhar  um importante componente de  desempenho: o controle oral-motor!

Controle motor, segundo a Terminologia Uniforme para a Terapia Ocupacional, é coordenar a musculatura orofaríngea para movimentos controlados.

Quando tal controle encontra-se deficiente, os principais problemas que podemos citar são hipotonia, fraco reflexo de sugar, lábios freqüentemente entreabertos, acarretando em dificuldades na alimentação, na aceitação de determinadas texturas alimentares e dificuldades na fala.

Sendo assim, as atividades que são importantes para estimular tal controle são:

 

  •  Fazer      caretas  que expressem tristeza, alegria, raiva, susto, etc


  •  Mandar beijos.

  • Fazer bochechos, com e sem água.

  •  Assoprar apitos e língua de sogra.

  •  Fazer bolhas de sabão.

  • Soprar barquinhos de papel na água.

 

  • Soprar cata-ventos.

 

 

Espero que tenham gostado!

Beijinhos a todos




 

  

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Mosaico com cascas de ovos

A atividade de mosaico com casca de ovos é uma atividade simples, de baixo custo, prazerosa e bastante versátil. Possui como propriedades:

  • Trabalhar a pinça

  • Estimular a criatividade

  • Exercitar o espectro de atenção

  • Estimular a praxia

  • Trabalhar a integração visuo-motora

  •  

A técnica consiste no preparo da casca do ovo a ser utilizada pelo terapeuta cerca de dois dias antes da atividade e deve ser feito da seguinte forma:

Separam-se as cascas e as deixa de molho por algum tempo. Depois, em água corrente, lavar muito bem, tendo o cuidado de retirar a película branca que se encontra dentro da casca do ovo. Depois, deixe-as secar por 24 horas.

Esses processos de lavagem e secagem são muito importantes para que as cascas não embolorem futuramente.

O terapeuta, para ajudar, já pode pintar as cascas com cores diversificadas.


No dia da atividade cortam-se as cascas em pedacinhos e aplica-se no material escolhido.

Obs. Fica mais fácil aplicar a cola no material e ir colando os pedacinhos.

É interessante utilizar uma pinça para quebrar e colar as cascas.

Deixem o trabalho secar bem para manipulá-lo.

Depois de seco, aplica-se uma demão de cola diluída só para garantir que fique bem colado.

 

Obs. Caso o cliente necessite trabalhar a ansiedade, aconselha-se dividir a atividade em três etapas:

  1. Pintura das cascas em uma das sessões

  2. Confecção do mosaico

  3. Segunda demão de cola e estará pronto!


Passeio terapêutico para depressão e desempenho mental

Um estudo recentemente realizado buscou analisar o efeito de caminhadas junto à natureza sobre a cognição e o humor de pessoas com depressão. Os pesquisadores do Canadá e dos EUA descobriram evidências de que um passeio no parque pode fornecer alguns benefícios mentais.

O estudo foi conduzido por Marc Berman, um pós-doutor no Rotman Research Institute Baycrest, em Toronto, com os parceiros da Universidade de Michigan e da Universidade de Stanford, publicado no Journal of Affective Disorders e mostrou que os participantes com depressão clínica tiveram uma melhora no desempenho da memória, após uma caminhada na natureza, em comparação com uma caminhada em um ambiente urbano.

 A pesquisa do Dr. Berman é parte de um campo da ciência cognitiva conhecida como Teoria da Atenção e Restauração (ART), que propõe que as pessoas concentram-se melhor depois de passar algum tempo na natureza ou olhando para cenas da natureza. O motivo, de acordo com a ART, é que as pessoas interagem com as configurações pacíficas da natureza e não são bombardeados com distrações externas que implacavelmente comprometem a sua memória de trabalho e os sistemas de atenção. Em ambientes naturais, o cérebro pode relaxar e entrar em um estado contemplativo que ajuda a restaurar ou atualizar as capacidades cognitivas.

Neste último estudo o Dr. Berman e sua equipe de pesquisa investigaram se um passeio pela natureza proporcionaria benefícios cognitivos semelhantes, e também melhorariam o humor das pessoas com depressão clínica, já que os indivíduos com depressão possuem altos níveis de ruminação e pensamento negativo. Os pesquisadores estavam céticos, no início do estudo, e desconfiavam que uma caminhada solitária no parque não teria qualquer benefício e poderia acabar piorando a memória e exacerbando o humor depressivo.

Mas que eles descobriram foi que os participantes apresentaram um aumento de 16% da atenção e memória de trabalho, após a caminhada da natureza em relação à caminhada urbana. Curiosamente, a interação com a natureza não provocou mudanças na alteração do humor em comparação com as caminhadas urbanas, em ambas, o humor negativo diminuiu e o humor positivo aumentou após caminharem por igual período e extensão. Dr. Berman acredita que isso sugere que os mecanismos cerebrais distintos podem agir nas alterações cognitivas e nas de humor, ao interagir com a natureza.


Onde realizar passeios terapêuticos junto à natureza em Recife?

Zoológico Dois Irmãos

Parque Treze de Maio

Parque da Jaqueira

Instituto Ricardo Brennand

Jardim Botânico do Recife





quinta-feira, 12 de julho de 2012

Oficina em CAPS (2)

Oficina: Trançando é que se aprende  

Sugestão para a criação de uma oficina que tem como objetivo desenvolver e estimular a socialização, diminuir ansiedades, estimular o interesse, a segurança, regras e condutas, promover integração grupal, estimular novas aptidões, resgatar autoestima, valorização e organização, favorecer maior estruturação do cotidiano e preservar potencialidades, através da atividade de cestaria.

A atividade é composta das seguintes etapas:

  1. Aquisição dos jornais

  2. Preparo dos jornais em formato de canudos

  3. Confecção da cesta

  4. Pintura  e decoração

Esta é uma oficina bastante gratificante para os usuários, que motivam-se em presentear pessoas, fazer novos produtos... Além disso, os materiais utilizados são de baixo custo, de fácil aquisição e eles adoram! Vale a pena experimentar.





Oficina em CAPS

Este post é uma sugestão para criação da oficina: 

Saber e Viver em Terapia Ocupacional!

Essa oficina trata-se de uma contribuição da Terapia Ocupacional para que os usuários que não tiveram acesso ou que não puderam permanecer na escola exercitem a escrita e a leitura, como um recurso importante na reconstrução da cidadania.

Objetiva oferecer aos privados de alfabetização, em decorrência de seu sofrimento psíquico, a oportunidade para aprender a ler e escrever.

O terapeuta ocupacional deve desenvolver a educação utilizando metodologia e técnicas de acordo com a capacidade, potencialidade e limitações dos usuários de saúde mental. Para isso, é importante a graduação das atividades em diversas etapas simples e de curta duração para mantê-los envolvidos, além de utilizar técnicas lúdicas como um facilitador de tal aprendizagem.

Obs. Para implantação de tal oficina, é necessário ter um conhecimento prévio do perfil dos usuários e já ter estabelecido vínculo terapêutico. 

Atividade: Biscuit!

Já pensou em uma atividade que trabalhe os seguintes componentes?

  • Coordenação motora grossa e fina

  • Força dos dedos

  • Atenção

  • Imaginação e criatividade

  • Sequenciamento

  • Estiulação sensorial tátil, visual e proprioceptiva

  • Praxia

  • Integração visuo-motora

 

Pois o biscuit é uma massa de modelar produzida a partir da mistura de amido de milho, cola branca para porcelana fria, conservantes como limão ou vinagre e vaselina. É um material fácil de se trabalhar pois não precisa ser aquecida para que mantenha seu formato final de modelagem e seca em contato com o ar. Possui relativa resistência, e é indicada para trabalhar todos os componentes citados acima. É uma atividade-leque, que permite uma série de variações, e é indicada tanto para crianças quanto para adultos e idosos. 

Observação importante: Para trabalhos com crianças, é necessário que ela já tenha passado da fase oral, onde busca reconhecer o mundo através da boca, que vai até os dois anos de idade.


Aprenda então uma receita caseira de massa fria para biscuit


- 2 xícaras de chá de amido de milho
- 1 xícara de chá de cola branca Cascorez
- 1 colher de sopa de vaselina líquida ou óleo de cozinha
- 1 colher de sopa de suco de limão ou vinagre branco
- 1 colher de sopa de creme para as mãos (não gorduroso)
Misture tudo e está pronto. Use o creme de mãos para sovar a massa.
Durabilidade: 1 mês no saquinho plástico sem ar e fora da geladeira
Separe as porções e tinja com anilina de bolo ou corantes em gel ou pó específicos para esse tipo de artesanato que podem ser encontrados em casas do ramo.


Obs. Caso prefira, você pode comprar a massa já pronta e colorida em casas de materiais para artesanato.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Jardinagem para a Terceira Idade

Ao lidar com a natureza, aguçamos as funções cerebrais da percepção quando observamos as cores e formas das plantas e sentimos seus aromas e texturas, ao tocá-las ou ao manusear a terra.

Entramos em contato com a beleza essencial e através destas experiências, ainda podemos cultivá-las através de cuidados especiais de cada espécie, analisar seu desenvolvimento, criar novas formas e arranjos e ativar nossas memórias com novos conhecimentos da diversidade das espécies botânicas (nomes científicos e populares) e técnicas de manuseio específicas, desenvolvendo uma enorme sensação de bem-estar e sentido de produtividade.

A atividade da jardinagem pode ser graduada e readaptada de acordo com as necessidades do indíviduo para as seguintes formas: 

  • Conhecimento dos instrumentais de trabalho e materiais e cultivo de mudas;

  • Replantio de mudas e cuidados de manutenção (luz, água, solo e ambiente);

  • Estudos das espécies e suas características;

  • Recipientes, arranjos florais e decoração de ambientes;

  • Passeios a locais para estudos ou observação das espécies e aquisição de mudas: parques e CEASA.


As funções cerebrais ativadas com a atividade de jardinagem? Podemos citar:

  • Habilidades e destreza manuais;

  • Sensibilização;

  • Memória visual, semântica (de conhecimentos) e procedimental;

  • Planejamento e organização;

  • Percepção visuo-espacial;

  • Estética;

  • Percepção e orientação temporal;

  • Atenção;

  • Criatividade;

  • Interesse e motivação

 

     

     

     

Método de Terapia Ocupacional diminui sintomas comportamentais em idosos com demência

 

Bom dia! Estava estudando sobre o meu trabalho de conclusão de curso, pesquisando sobre Terapia Ocupacional, encontrei essa informação bem interessante e trouxe para o Jardim, para compartilhar com vocês!


Pesquisadores da Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos, testaram um método inovador de Terapia Ocupacional para a redução de sintomas comportamentais em idosos com demência.

O método chamado “Programa Personalizado de Atividades” (PPA) envolve até oito sessões, seis visitas domiciliares e duas ligações telefônicas.

De acordo com o PPA, o terapeuta ocupacional monta uma lista de atividades personalizadas para realização diária em domicílio.

A proposta do PPA é proporcionar ao idoso portador de demência uma rotina de atividades estabelecida pelo terapeuta ocupacional após a avaliação cognitiva e funcional (relacionada às atividades do dia-a-dia), considerando as atividades de interesse e afinidade do indivíduo.

Para estruturar o programa, o terapeuta elabora uma lista de atividades e uma receita de como realizá-las, com a descrição do seqüenciamento de cada uma delas. No caso, o modo de realização de cada atividade é simplificado, para que assim, o programa seja adequado às necessidades e capacidades do indivíduo.

Nesta abordagem não se trabalha com técnicas de aprendizagem como ocorre nas abordagens mais tradicionais de Terapia Ocupacional, pois o foco não é desenvolver habilidades, mas sim trabalhar com as habilidades residuais do indivíduo e mantê-lo ativo em seu dia-a-dia.

De acordo com os resultados deste estudo, o PPA foi eficaz na redução dos sintomas comportamentais e pôde oferecer às famílias uma melhor compreensão da capacidade dos idosos com demência, permitindo que os mesmos formulem e utilizem atividades em casa possibilitando a preservação da qualidade de vida dos idosos com demência. Enfim, este programa de TO é considerado uma promissora abordagem não-farmacológica no tratamento de sintomas comportamentais em idosos com demência.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Origamis: Transformando papel em arte!

 

O origami é uma arte milenar japonesa, qualificado como contribuição importante ao estímulo da criatividade, aumento da capacidade de concentração, desenvolvimento da coordenação motora e motricidade fina, visão espacial e forma de expressão, além de ser um veículo importante para trabalhar cores, texturas e formas, sendo uma técnica bastante utilizada por terapeutas ocupacionais com especialização em desenvolvimento socioeducativo.  Caracteriza-se como atividade que se utiliza de material de baixo custo financeiro e que é bastante prazeroso aos que praticam! Experimente!


Danças Circulares




A primeira formação que o ser humano adotou no desenvolvimento da vida grupal e social foi a roda. Culturas antigas e culturas ligadas a terra perceberam a especialidade da forma circular para o estar e fazer junto.


Nela passaram a representar os ciclos da natureza: o ritmo das estações, o tempo dos cultivos, o pulsar dos movimentos do sol; da lua; das estrelas e dos planetas no céu; o ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos, a vida e a morte.


O círculo é uma forma geométrica especial, por simbolizar a perfeição e a plenitude que o ser humano busca atingir. Na circunferência há “n” pontos que distam igualmente do ponto central. Todos os pontos – ou todas as pessoas que neles se encontram voltadas para o centro – têm a visão de todos os demais da roda e todos são igualmente importantes na composição final que é o círculo. Este contém o vazio, que ao mesmo tempo em que garante a distância entre as pessoas, é o vazio através do qual elas estão unidas e de onde pode emergir a criação feita por todos. Apenas compor a circunferência da roda já constitui uma criação, num espaço diferenciado, sagrado.

Inúmeros ritmos, cantos, danças e culturas do mundo são vivenciadas. Em meio a momentos de muita descontração e também momentos de introspecção, a pessoa que está na roda se percebe como um ser humano importante.



As Danças Circulares podem ser um caminho meditativo, pois sua metodologia e prática levam a isto.



O homem trilha sua vida aspirando retornar ao estado de plenitude total. Uns se apoiam na religião para se religar, outros esperam que o parceiro lhes tragam este aconchego e suprimento através do amor, do ato sexual, ou de ambos; há os que se utilizam das drogas, outros que ficam em ação e trabalho compulsivo para nunca sentir o estado de falta. Muitos vivem a combinação de vários recursos para acreditar que são plenos, ou chegar o mais próximo deste estado.

Por muitas razões a aplicação das Danças Circulares não tem limite. Pode ser vivida em diferentes espaços de convivência – empresas, presídios, escolas, instituições, órgãos públicos e hospitais.


É indicada para pessoas de qualquer idade, raça ou profissão, auxiliando o indivíduo a tomar consciência de seu corpo físico, acalmar seu emocional, trabalhar sua concentração, memória e musicalidade..


 

Além disso, a sintonia entre as pessoas ajuda na coreografia. Estas tomam consciência do espaço que ocupam no Universo, que é o círculo, quando precisa respeitar o ritmo dela e das pessoas que estão ao seu lado direito e esquerdo. 


As Danças Circulares:




• Trabalham o ritmo, coordenação, percepção, concentração e a atenção;
• Desenvolvem o apoio mútuo, a integração, a comunhão e a cooperação;
• Incentivam o indivíduo a se expressar;
• Desenvolvem a flexibilidade, a autoconfiança e a autoestima, ajudando a eliminar medos e angústias;
• Desenvolvem a responsabilidade compartilhada e senso de comunidade;
• Encorajam as pessoas a ocupar o seu lugar e o seu espaço;
• Trabalham a autodisciplina e centramento;
• Harmonizam para o trabalho em grupo sem que se perca a individualidade;
• São instrumentos suaves de autoconhecimento e autocura;
• Ajudam a combater o estresse e a depressão.
• Ajudam no equilíbrio do corpo físico, emocional, mental e espiritual;
• Despertam a leveza, a alegria, a beleza, a paz, a serenidade e o amor que existem dentro de cada um;

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Musicoterapia na estimulação da memória de idosos


 

A memória é um aspecto da cognição de extrema importância para o idoso, tanto pelo fato da memória ser afetada ao longo do envelhecimento normal, quanto por ser o principal prejuízo relacionado aos processos demenciais que atingem porcentagens significativas dessa população, dentre os quais pode-se destacar a Doença de Alzheimer.



 Além disso, a memória relaciona-se de modo estreito ao desempenho das atividades da vida diária (AVD), tendo importância também para a funcionalidade ou desempenho funcional do indivíduo.


Também a memória apresenta-se intimamente ligada à identidade deste, pois armazena sua história de vida, seus momentos especiais e vivências, sendo seu prejuízo algo que afeta diretamente a autoestima e, portanto, a qualidade de vida do idoso.


A música é um excelente recurso para estimulação das funções cognitivas, em especial da memória, pois faz parte da vida das pessoas e dos acontecimentos que marcam a história e as épocas vividas por cada um, e, por meio da audição musical, é possível acionar a memória de fatos passados e gera-se uma oportunidade para este idoso reconstruir suas vivências e sua história de vida no momento presente.


O ritmo é algo inerente ao próprio corpo humano, o qual possui, por exemplo, o ritmo dos batimentos cardíacos ou da frequência respiratória, dentre muitos outros, portanto, a fisiologia do homem é organizada por ritmos diversos.

O homem também inscreve ritmos humanos no mundo físico, no trabalho manual, nas atividades que desenvolve; além disso, o homem utiliza-se de sons e músicas para marcar e organizar o seu tempo, as épocas do ano, como por exemplo, músicas natalinas ou juninas.



Sendo os sons, ritmos, músicas, tão atrelados ao ser humano, à sua história construída no tempo, a utilização de elementos musicais para resgatar lembranças e histórias de vida parece um recurso bastante eficaz.

Sugestões de atividades:



Atividade 1: construção de instrumentos musicais

Materiais: sucata e material para artesanato (cola, tesoura, papéis coloridos,

tinta plástica, latas de leite, arroz, etc).


Objetivos: Estimular a interação grupal, a criatividade, a iniciativa e tomada de decisão, produzir algo de utilidade para o grupo.






 Atividade 2: escolher um dos instrumentos construídos pelo grupo e com ele produzir sons que representem como se sente no momento.


Materiais: instrumentos construídos pelo grupo.


Objetivos: estimular a expressão individual, o autoconhecimento, a escuta e percepção do outro.




Atividade 3: passar uma bola de mão em mão enquanto toca uma música.

Quando a música pára, quem ficou com a bola tem que cantar uma canção


Materiais: bola.


Objetivos: estimular a memória semântica ou de conhecimentos e identificar as preferências musicais do grupo.


Atividade 4: utilizar músicas relacionadas a festividades para realização de orientação temporal (carnaval, festas juninas, Natal, etc);

Explorar lembranças relacionadas a tais festividades.


Materiais: aparelho de som, CDs, calendário.


Objetivos: estimular a memória semântica e episódica, bem como a orientação temporal.

 Atividade 5: acompanhar com sons corporais ou instrumentos de percussão,  o pulso de diversas músicas.


Materiais: aparelho de som, CDs, instrumentos de percussão diversos.


Objetivos: estimular a atenção e a percepção da música, estimular a coordenação motora global, bem como a consciência do movimento, estimular as redes cognitivas ao trabalhar com modalidades diversas (música – auditiva e movimento – motora).





 Atividade 6: Percussão Corporal  - produzir um som ou ritmo usando o próprio corpo. Cada integrante deve produzir um som diferente dos já apresentados pelos demais. Deixar cada um manifestar-se espontaneamente

Materiais: nenhum material específico.


Objetivos: estimular a memória de curto prazo, a interação grupal, a expressão, a criatividade, a iniciativa e tomada de decisão.




Atividade 7: realizar movimentos com bexigas coloridas, direcionados pela terapeuta, ao som de músicas significativas para o grupo (passar a bexiga em círculo, passar para a pessoa da frente, jogar a bexiga para si mesmo sem deixar cair, etc); incentivar o grupo a realizar os movimentos no ritmo da música.


Materiais: aparelho de som, CDs, bexigas coloridas.


Objetivos: estimular a memória de curto prazo e de trabalho, estimular a coordenação motora global, a consciência corporal e do movimento, bem como a interação grupal, estimular as redes cognitivas ao trabalhar com modalidades diversas (música – auditiva e movimento – motora).

Atividade 8: ouvir uma música e escolher uma cor que a represente; refletir sobre as cores escolhidas

Materiais: aparelho de som, CDs, potes de tinta.

Objetivos: estimular as redes cognitivas ao trabalhar com modalidades sensoriais diversas (música – auditiva e cores – visual), estimular o autoconhecimento, a expressão individual e a interação grupal.

Atividade 9: a partir da audição de alguns sons familiares (chuva ou sons da cidade ou sons de cozinha, etc) produzir um desenho.


Materiais: aparelho de som, gravações de sons diversos, materiais diversos para desenho e pintura.


Objetivos: estimular as redes cognitivas ao trabalhar com modalidades sensoriais diversas (sons – auditiva e desenho – visual), estimular a percepção auditiva e a memória semântica ou de conhecimentos, bem como a memória de curto prazo, sensorial e de trabalho.


Atividade 10: escolher uma imagem, dentre diversas imagens dispostas sobre a mesa, a partir de uma música tocada; mostrar ao grupo a imagem escolhida e refletir sobre ela e sua relação com a música ouvida.


Materiais: aparelho de som, CDs, imagens diversas


Objetivos: estimular as redes cognitivas ao trabalhar com modalidades sensoriais diversas (música – auditiva e imagens – visual), estimular o autoconhecimento, a expressão individual e a interação grupal.

Atividade 11: construção de origami de uma casa; lembrar de músicas que contenham a palavra “casa”; imaginar a casa ideal, quem moraria nela, qual seria sua localização, e assim por diante; refletir sobre a atividade com o grupo


Materiais: papel para origami, materiais diversos para desenho.


Objetivos: estimular habilidades visuo-construtivas e espaciais, bem como a memória curto prazo e de trabalho, estimular a memória de longo prazo (semântica e episódica), estimular o autoconhecimento, a percepção e expressão dos próprios desejos.

Atividade 12: relembrar músicas já cantadas pelo grupo anteriormente (em outros encontros); cada integrante pode manifestar-se espontaneamente


Materiais: nenhum material específico.


Objetivos: estimular a memória de longo prazo (semântica e episódica), a interação grupal e a iniciativa.