terça-feira, 3 de julho de 2012

Vamos fuxicar!

 

A palavra fuxico pode ser entendida como coser ligeiramente grandes pontos como também, fazer intrigas e mexericos.


No Brasil sua origem vem da cultura popular nordestina onde as mulheres reuniam-se para emendar pedaços de tecidos e aproveitavam para conversar; daí o duplo sentido da palavra fuxico.


Cortar o tecido em círculo e franzi-lo é uma forma diferente de compor cores e estampas variadas formando unidades, que ligadas umas às outras vão desenhando novos sentidos no todo maior.


Esse material não é novo, faz parte da cultura popular, assim como as lendas, os mitos e os contos de fadas.


Assim, é formada a ideia de formar um grupo de fuxico, onde enquanto o grupo vai construindo o fuxico, também vai sendo estimulado a “fuxicar”, a falar de seus conflitos, compartilhando e aprendendo uns com os outros.


Sabemos que não existe receita de bolo quando o assunto é atividade/paciente, por isso, coloco aqui a atividade e seus benefícios para que a partir dessa análise, a atividade possa ser enquadrada a um grupo no qual possa trazer benefícios aos seus componentes.

Para a terapia ocupacional é importante abrir, manter e ampliar os espaços sadios para um fazer que atenue no indivíduo a marca da doença, deficiência, da inadequação, e a arte de fazer fuxicos funciona como alternativa para elaborar conflitos e abrir caminhos.

 

“Somente na arte acontece ainda que um homem consumido por desejos efetue algo que se assemelhe à realização desses desejos e que o faça com um sentido lúdico e produza efeitos emocionais &– graças à ilusão artística &– como se fosse algo real” (FREUD, 1913-1914, p.100).


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